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FAVAS CONTADAS - Lula confirma possibilidade de acordo Mercosul-UE em 2024 apesar de críticas francesas
Data de Publicação: 27 de novembro de 2024 15:11:00 Em meio a tensões comerciais, presidente brasileiro reafirma compromisso com o agronegócio e busca expandir parcerias internacionais.
Em meio a tensões comerciais, presidente brasileiro reafirma compromisso com o agronegócio e busca expandir parcerias internacionais.
Da redação
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, nesta quarta-feira, 27, que a assinatura do acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE) pode acontecer ainda este ano. Em resposta ao boicote a produtos sul-americanos promovido pelo Carrefour na França e às críticas de parlamentares europeus à carne bovina brasileira, Lula afirmou que os franceses “não apitam mais nada” e que a negociação deve ser conduzida pela Comissão Europeia.
- Desejo que o agronegócio continue a crescer, mesmo que isso cause incômodo a alguns deputados franceses que desmerecem nossos produtos. Estamos comprometidos com o acordo do Mercosul, não apenas por questões financeiras, mas porque estou nessa luta há 22 anos e vamos concretizá-lo - afirmou Lula, referindo-se ao acordo que está em negociação desde 1999 e que necessita da ratificação dos parlamentos dos países envolvidos.
Presidente Lula: acordo Mercosul/UE sai ainda neste ano (Foto: Agência Brasil) |
O presidente já havia criticado anteriormente o protecionismo europeu, especialmente o da França, que enfrenta pressão de seus produtores agrícolas.
- Se os franceses não quiserem o acordo, não têm mais voz. A Comissão Europeia é quem decide, e Ursula von der Leyen [presidente da Comissão Europeia] tem a autoridade para firmar o acordo. Minha intenção é assinar ainda este ano e retirar isso da minha agenda - acrescentou durante sua participação no Encontro Nacional da Indústria, em Brasília.
Jogou pesado
Na terça-feira, 26, a Assembleia Nacional da França rejeitou o acordo Mercosul-UE, levantando preocupações sobre a qualidade e rastreabilidade da carne brasileira. O deputado Vincent Trébuchet chegou a afirmar que os pratos da população francesa “não são latas de lixo”.
Na semana passada, Alexandre Bompard, presidente do Carrefour na França, declarou que a carne produzida no Brasil não atende às normas francesas e prometeu não vender mais produtos do Mercosul nos mercados franceses. Essa declaração gerou reações negativas entre os produtores brasileiros, que iniciaram um movimento de boicote ao fornecimento de carne para o Carrefour no Brasil.
No entanto, na terça-feira, 26, Bompard se retratou, elogiando a qualidade da carne brasileira e pedindo desculpas. Em uma nota à Agência Brasil, o Grupo Carrefour afirmou que já compra quase toda a carne vendida na França de produtores locais, e que essa decisão visava apoiar os empresários franceses.
A Cúpula do Mercosul, que ocorrerá em Montevidéu, Uruguai, nos dias 5 e 6 de dezembro, pode ser o palco do anúncio do tratado de livre comércio entre os dois blocos. Lula participará do encontro, onde o acordo abordará temas tarifários e regulatórios, como serviços, compras públicas, facilitação do comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias, além de propriedade intelectual.
Comércio exterior
Durante seu discurso no Encontro Nacional da Indústria, Lula também expressou seu desejo de expandir o comércio do Brasil com outros países e explorar novas parcerias com mercados “ascendentes”.
- [Quero] aproveitar o acordo estratégico que fizemos com a China, que é o mais importante acordo de acesso a novas tecnologias que esse país já estabeleceu, abrangendo desde inteligência artificial até tecnologia espacial - afirmou.
- Queremos que o Brasil não seja mais um país pequeno, que não continue sendo apenas um país em desenvolvimento - declarou, convidando os industriais brasileiros a se juntarem a uma comitiva em busca de investimentos e parcerias na Índia.
- O próximo passo é a Índia, para aproveitarmos as oportunidades em mercados emergentes e não saturados, permitindo que a indústria brasileira se estabeleça e forme parcerias com a indústria de inovação que temos. Este país precisa dar certo, e isso só acontecerá se pensarmos grande. Se pensarmos pequeno, não conseguiremos avançar - concluiu.
Com informações da Agência Brasil.
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