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Novos decretos e desafios para a reciclagem no Brasil

Novos decretos e desafios para a reciclagem no Brasil

Data de Publicação: 15 de março de 2023 15:40:00 “O mercado atual de reciclagem enfrenta grandes baixas nos preços das aparas de papel e outras matérias-primas, e a nova legislação pode ser uma oportunidade para repensar o sistema atual e buscar soluções mais eficazes e sustentáveis” #artigo #opinião #pedro vilas boas #reciclagem

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O mercado atual de reciclagem enfrenta grandes
baixas nos preços (Foto: Divulgação)

 

*Por Pedro Vilas Boas

O novo governo acaba de publicar os Decretos 11.413 e 11.414, que trazem mudanças na política nacional de resíduos sólidos e reciclagem no país. O primeiro decreto cria três novos certificados: o CCRLR, que é o Certificado de Crédito de Reciclagem de Logística Reversa, o CERE, que é o Certificado de Estruturação e Reciclagem de Embalagens em Geral e o Certificado de Crédito de Massa Futura.

Já o segundo decreto institui o Programa Diogo de Sant'Ana Pró-Catadoras e Pró-Catadores para a Reciclagem Popular e o Comitê Interministerial para Inclusão Socioeconômica de Catadoras e Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis.

Embora as medidas visam a inclusão social dos catadores independentes e cooperados, o mercado atual de reciclagem apresenta desafios significativos. Autoridades do setor público têm intimado os recicladores para explicarem o motivo de estarem pagando preços muito abaixo para as cooperativas.

A atual condição econômica tem provocado uma baixa remuneração para as cooperativas e os catadores independentes, desestimulando seu trabalho e ameaçando o cumprimento das metas previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Essas condições têm sido extremamente desafiadoras para os aparistas e gerenciadores de resíduos, que estão no meio da cadeia da reciclagem e têm que repassar as baixas para seus fornecedores. Apesar de alertarem que se trata do atual momento de mercado, que ameaça a sobrevivência do setor, a preocupação com a sustentabilidade das cooperativas de catadores e dos catadores independentes é crescente.

O mercado atual de reciclagem enfrenta grandes baixas nos preços das aparas de papel e outras matérias-primas, e a nova legislação pode ser uma oportunidade para repensar o sistema atual e buscar soluções mais eficazes e sustentáveis. É importante que haja um debate amplo e aberto sobre as medidas propostas, a fim de garantir que elas sejam eficazes para o setor de reciclagem e para o meio ambiente.

 

 

 
 
 
 
 
 
 
*Pedro Vilas Boas é
presidente
da Associação
Nacional dos
Aparistas de Papel


 

Sobre a ANAP

A ANAP é uma instituição sem fins lucrativos de âmbito nacional, que congrega empresas que se dedicam ao comércio de resíduos de papel (aparas de papel), uma atividade voltada somente para a compra e venda de aparas de papel.

Foi criada em 17 de fevereiro de 1981 em São Paulo, sucessora de outras Associações como a ABRAP -- Associação Brasileira dos Aparistas de Papel, com sede no Rio de Janeiro, e a Associação do Comércio de Papel, com sede em São Paulo.

 

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