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PARCEIROS - Brasil e China celebram 50 anos de relações diplomáticas com avanços no setor agropecuário

PARCEIROS - Brasil e China celebram 50 anos de relações diplomáticas com avanços no setor agropecuário

Data de Publicação: 16 de agosto de 2024 09:57:00 Mais de um terço das exportações agropecuárias brasileiras são destinadas ao mercado chinês, demonstrando a importância da parceria sino-brasileira

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 Mais de um terço das exportações agropecuárias brasileiras são destinadas ao mercado chinês, demonstrando a importância da parceria sino-brasileira

 

Da redação

O agro brasileiro tem motivos para comemorar, especialmente na quinta-feira (15), quando Brasil e China celebram 50 anos de relações diplomáticas. Atualmente, mais de um terço das exportações agropecuárias brasileiras são destinadas ao mercado chinês.

A parceria sino-brasileira é uma relação de benefício mútuo, resultado do esforço de produtores rurais de diversas regiões e cadeias produtivas para atender às demandas do mercado chinês.

Em 2023, das exportações agropecuárias totais do Brasil, 36% foram destinadas à China (Foto: Distribuída pela CNA)

, 13% à União Europeia e 5,9% aos Estados Unidos, outros importantes parceiros comerciais do país. O principal produto exportado para a China no ano passado foi a soja em grãos, seguida pela carne bovina in natura e a celulose.

Sueme Mori, diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), afirmou que a relevância do agro brasileiro no mercado internacional está diretamente ligada ao aumento das importações chinesas.

- Um exemplo claro é o milho. Em 2022, a China abriu seu mercado para o grão, e no ano seguinte o Brasil se tornou o maior exportador de milho do mundo devido às compras chinesas - destacou.

A análise histórica dessa relação comercial revela mudanças significativas ao longo dos anos. Em 2000, o Brasil exportou cerca de US$ 20,5 bilhões em produtos agropecuários, dos quais US$ 561 milhões, ou 3%, foram para a China. Já em 2023, o valor total das exportações foi de US$ 166,5 bilhões, com US$ 60,2 bilhões destinados à China, representando 36%.

Há mais de 11 anos, China, Estados Unidos e União Europeia são os principais destinos das exportações agropecuárias brasileiras. Desde 2013, a China ocupa a primeira posição.

Sueme Mori ressaltou que, com mais de 1 bilhão de habitantes, a segurança alimentar é uma prioridade para o governo chinês.

- Somos o principal fornecedor de alimentos para a China e ainda não atingimos nosso potencial máximo na produção agropecuária. Ainda há muito espaço para crescimento e cooperação -  afirmou.

A China é um mercado vasto, e segundo a diretora da CNA, o Brasil tem condições de ampliar e diversificar suas exportações sem diminuir o que já é vendido. “Seria um complemento”, explicou.

Nesse contexto, se destaca o projeto Agro.BR, uma parceria da CNA com a Apex-Brasil.

- A China é um dos mercados prioritários do projeto, inclusive temos um escritório em Xangai para apoiar pequenos e médios produtores rurais no processo de internacionalização e diversificação de nossas exportações - acrescentou.

Para Sueme, a relação do Brasil com a China é vantajosa não apenas no comércio, mas também em investimentos, tecnologia e outros temas de interesse comum no cenário internacional.

- Esses 50 anos de relacionamento ainda têm um grande potencial para se estreitar. Podemos colaborar com a China em diversos setores. O desenvolvimento tecnológico deles é impressionante e pode ser aproveitado em nossa produção agropecuária - concluiu.

As informações são da CNA.

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