Dados da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) revelam que o rebanho bovino do estado atingiu 13.180.904 cabeças, tornando a Bahia o sétimo maior produtor de bovinos do Brasil e líder no Nordeste. A região oeste destaca-se como a região mais produtiva.

Gado guzerá de fazenda de seleção em Angical, oeste da Bahia (Foto: Antônio Oliveira)

Da redação

Recentemente, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) divulgou dados que mostram que o rebanho bovino do estado alcançou a impressionante marca de 13.180.904 cabeças. Essa conquista posiciona a Bahia como o sétimo maior produtor de bovinos do Brasil e o líder absoluto na região Nordeste.

O levantamento, realizado durante a última campanha de vacinação em abril deste ano, detalha a distribuição do rebanho entre os diversos territórios de identidade do estado, destacando os três mais produtivos. A Bacia do Rio Grande, situada na região oeste, lidera com 1.294.905 cabeças, seguida pelo extremo sul com 1.109.709, e o médio sudoeste da Bahia, que conta com 1.084.478.

Na Bacia do Rio Grande, os municípios de Santa Rita de Cassia, Wanderley e Cotegipe se destacam com rebanhos expressivos. No extremo sul, os municípios de Itamaraju, Itanhém e Medeiros Neto são os protagonistas, enquanto no Médio Sudoeste, Itarantim, Itambé e Itapetinga figuram como importantes regiões pecuárias.

A Adab, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), desempenha um papel crucial na sanidade do rebanho e na qualidade dos produtos de origem animal. A agência tem intensificado suas ações de fiscalização e orientação técnica, promovendo melhorias nos índices produtivos e sanitários dos rebanhos.

- O crescimento do nosso rebanho bovino é fruto de um esforço conjunto entre o governo, por meio da Seagri e Adab, e os produtores, que se comprometem com a sanidade e a qualidade dos rebanhos. A disponibilidade de grãos na região Oeste, aliada a boas práticas de manejo, impulsionam a produção e consolidam a Bahia como referência na pecuária nordestina - afirma Wallison Tum, titular da Seagri.

Esse aumento no número de bovinos é um sinal positivo para a economia baiana, especialmente em um momento em que a cadeia produtiva da carne bovina busca se fortalecer no mercado nacional e internacional. O crescimento do rebanho resulta em maiores volumes de carne produzida, beneficiando os pecuaristas e gerando divisas para o estado.

- Não só a atuação rigorosa da Adab, mas também o comprometimento dos pecuaristas baianos com a qualidade dos seus rebanhos, em uma parceria público-privada, são fundamentais para garantir o crescimento e a sanidade do rebanho - explica Paulo Sérgio Luz, diretor-geral da Adab.

Gado bovino criado na região em Angical, oeste da Bahia (Foto: Antônio Oliveira)

A liderança da Bahia no Nordeste é reforçada pela eficiência das explorações pecuárias e pela gestão dos produtores, que variam significativamente em relação ao número de bovinos por propriedade, refletindo o porte das propriedades e a especialização em diferentes tipos de produção.

Graças a anos de trabalho e investimentos em sanidade animal, a Bahia conquistou em 2024 o status de área livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esta conquista é um marco para a pecuária baiana, simplificando processos produtivos, reduzindo custos e abrindo novas oportunidades de mercado. Com essa certificação, a Bahia se consolida como referência na produção de carne bovina de alta qualidade, resultado do esforço conjunto de produtores e órgãos governamentais.

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