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CONTROLE DO MILHO TIGUERA - Desafio crucial para a safra de soja e milho
Data de Publicação: 4 de novembro de 2024 15:47:00 O manejo eficaz do milho tiguera é essencial para evitar prejuízos na produção de soja e milho safrinha, com foco na prevenção da cigarrinha-do-milho e no complexo dos enfezamentos.
O manejo eficaz do milho tiguera é essencial para evitar prejuízos na produção de soja e milho safrinha, com foco na prevenção da cigarrinha-do-milho e no complexo dos enfezamentos.
Da redação
Um dos desafios para os agricultores que adotam o sistema de produção com o plantio de soja no verão e milho na safrinha é o controle do milho tiguera, também conhecido como guaxo e/ou voluntário, durante o desenvolvimento da oleaginosa, que causa matocompetição e serve para a multiplicação da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) nas plantas tigueras. Não controlar o milho guaxo faz com que essas plantas voluntárias sirvam de hospedeiras para reprodução das cigarrinhas. Assim, quando a cultura da soja for colhida e a nova safra de milho ocupar a área, o produtor, provavelmente, já terá a presença dessa praga com uma população alta na sua lavoura, que transmite o complexo dos enfezamentos, doença causada por molicutes - microrganismos semelhantes a bactérias e que afetam o desenvolvimento, a nutrição e a fisiologia das plantas infectadas -, a consequência pode ser muito expressiva, causando prejuízos de até 100% na produção dos grãos.
- O produtor precisa ter uma atenção especial no controle do milho tiguera em campos de soja, para evitar que, quando chegar o momento do plantio da safrinha, não haja a presença da cigarrinha-do-milho. Além do manejo com herbicida já nas primeiras emergências dos fluxos de germinação, quando as plantas ainda estão na fase inicial, facilitando o controle, como também proporcionando menos fonte alimentar disponíveis para a cigarrinha se alojar e se multiplicar. Para quebrar o ciclo da praga, ou seja, eliminar todos os insetos presentes no campo, é preciso ficar sem a presença de milho na fase vegetativa por três meses. Já quando o produtor fizer o manejo com herbicidas, é importante ressaltar respeitar as Boas Práticas Agrícolas, com a aplicação correta do defensivo, seguindo as recomendações da bula e rótulo, como também da tecnologia de aplicação, para que o controle se torne eficiente e sustentável, mantendo as safras mais produtivas - destaca Josemar Foresti, Engenheiro Agrônomo e cientista na Corteva Agriscience.
Outras recomendações de Boas Práticas Agrícolas para minimizar o problema do complexo dos enfezamentos, além para o controle da eliminação do milho tiguera são: a escolha de híbridos com tolerância natural; o tratamento de sementes industrial (TSI), que auxilia no estabelecimento inicial da lavoura e na proteção inicial para a eliminação do inseto vetor; redução da janela de plantio; o monitoramento frequente da área; manejo adequado de herbicidas para a eliminação do milho voluntario, aplicação de inseticidas para o controle da cigarrinha da germinação até o milho atingir 10 folhas, além da realização de uma colheita com menor percentual possível de perdas de grãos.
Não controlar o milho tiguera faz com que essas plantas sirvam
de hospedeiras para reprodução das cigarrinhas (Foto: Corteva)
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- É necessário destacar a importância de quebrar a chamada 'ponte verde', mantendo um período mínimo de 90 dias livre de milho tiguera, antecedendo o plantio da safrinha, o que faz com que o ciclo da cigarrinha-do-milho seja quebrado e, consequentemente, diminuindo a quantidade da fonte dos patógenos causadores do complexo dos enfezamentos nos cultivos subsequentes - finaliza Foresti.
Boas Práticas Agrícolas são essenciais no manejo com herbicidas
Para um manejo correto com herbicidas ou qualquer outra classe de defensivo, é importante que o produtor siga as recomendações prescritas em bula e rótulo e seja orientado por um Engenheiro Agrônomo. A área de Boas Práticas Agrícolas, da Corteva Agriscience, treina produtores e aplicadores para que façam o uso correto dos insumos, ajudando na sustentabilidade do agronegócio, na preservação do meio ambiente e o aumento da produtividade do setor.
A área promove diversos programas, como a Expedição da Agricultura para a Vida, lançado em 2016, que consiste em um caminhão itinerante, adaptado em formato de sala de aula, onde são realizados treinamentos sobre boas práticas agrícolas, com orientações sobre o manejo integrado de doenças, plantas daninhas, pragas, tecnologia de aplicação e segurança do trabalhador; e o PAR (Programa de Aplicação Responsável), que ministra desde 2006, por meio de parceiros, conteúdos sobre condições adequadas para aplicação de defensivos agrícolas (temperatura, velocidade do vento, umidade relativa do ar), segurança na manipulação e uso, tipos e indicações de pontas de aplicação e classe de gotas de acordo com o produto a ser aplicado. Até hoje, desde o início dos programas, foram realizados mais de 1.434 treinamentos em 17 estados e no DF, com a presença de cerca de 31.339 agricultores, técnicos e operadores de equipamentos.
*Fonte: Corteva.
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