Da redação

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em fevereiro, com dados organizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), projeta uma produção de 12,22 milhões de toneladas de cereais, oleaginosas e leguminosas para a safra de 2025. Essa estimativa representa um crescimento de 7,3% em comparação à safra de 2024.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também apresenta perspectivas otimistas para o ciclo 2024/2025, evidenciando aumento na área plantada e na produtividade dos grãos, com a soja e o algodão se destacando.

Para 2025, segundo o IBGE, a área plantada de grãos está prevista para ser de 3,67 milhões de hectares (ha), com crescimento de 3,2% em relação ao ano anterior. O rendimento médio deverá ser de 3,33 toneladas/ha, 4% superior à safra anterior.

A estimativa de produção de soja atinge 8,33 milhões de toneladas, um aumento de 10,6% em relação a 2024. A área cultivada com essa oleaginosa é de aproximadamente 2,1 milhões de ha, com rendimento médio de 3,89 toneladas/ha, um crescimento de 4,9%.

O algodão também possui expectativas positivas, com produção prevista de 1,78 milhão de toneladas, aumentando 0,7% em relação ao ano passado. Com 19,7% da produção nacional, a Bahia é a maior produtora do Nordeste e a segunda do Brasil. A área cultivada cresceu 0,5%, alcançando 382 mil ha.

No caso do feijão, a expectativa é um leve aumento de 0,2%, totalizando 223 mil toneladas. A área plantada deve atingir 385 mil ha, 1,3% a mais que na safra anterior, embora a primeira safra de feijão tenha uma previsão de queda de 3,8%.

A estimativa de produção de soja atinge 8,33 milhões de toneladas, um aumento de 10,6% em relação a 2024 (Foto: Aiba)

As safras de milho totalizam cerca de 2,36 milhões de toneladas, com um aumento de 1,7%, apesar da área plantada apresentar uma leve queda de 0,7%. A primeira colheita está projetada para 1,59 milhão de toneladas, 2,7% a mais que em 2024, enquanto a segunda safra deve ser um pouco menor, com expectativa de 763 mil toneladas.

O café também deve registrar um aumento na colheita, com previsão de 266 mil toneladas, um crescimento de 6,8% em relação ao ano anterior. A safra de cana-de-açúcar é estimada em 5,49 milhões de toneladas, um leve decréscimo de 1,0%.

Na fruticultura, as expectativas são animadoras para banana (906 mil toneladas), laranja (632 mil toneladas), e uva (61 mil toneladas), com variações entre 0,3% e 10,0% positivamente.

Entre outros produtos, a mandioca poderá alcançar 907 mil toneladas, um aumento significativo de 14,7%. Em contrapartida, a produção de tomate está projetada para ser de 183 mil toneladas, trazendo uma queda de 48,4%.

A área plantada agora se expande em 4,5%, atingindo 3,95 milhões de ha, com melhorias notáveis em soja e algodão. A soja, por exemplo, deve crescer 7,9% em área plantada, somando 2,14 milhões de ha, e 12,8% na produção, alcançando 8,44 milhões de toneladas.

Entretanto, a produção de milho mostra uma expectativa negativa, com um total estimado de 2,66 milhões de toneladas, uma queda acentuada de 10,2% atribuída a condições climáticas adversas. Já a safra de feijão enfrentará dificuldades devido à seca, com estimativas de 311 mil toneladas, uma redução de 12,3% em comparação ao ciclo anterior.

Esses dados refletem um panorama agrícola diversificado, com oportunidades e desafios que exigem atenção nas práticas agrícolas e na gestão de recursos.

PRODUÇÃO AGRÍCOLA BAHIA