Português (Brasil)

FOMENTO: Paraná inova com lançamento do FIDC Agro Paraná para financiamento do agronegócio

FOMENTO: Paraná inova com lançamento do FIDC Agro Paraná para financiamento do agronegócio

Data de Publicação: 3 de abril de 2025 14:39:00 O governador Ratinho Junior apresenta o primeiro fundo público de investimento em direitos creditórios do Brasil, com expectativa de alavancar R$ 2 bilhões para o agronegócio paranaense.

Compartilhe este conteúdo:

Da redação

Nesta quinta-feira, 3, o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou um projeto inovador, conforme ele,  na B3, em São Paulo, voltado para o financiamento do agronegócio. O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios nas Cadeias Produtivas do Agro (FIDC Agro Paraná) é o primeiro fundo de crédito criado por um Estado no Brasil, com a capacidade de mobilizar cerca de R$ 2 bilhões  para apoiar a expansão das atividades de produtores vinculados a cooperativas e empresas integradoras em todos os 399 municípios do Paraná.

O FIDC Agro Paraná atuará como um "guarda-chuva", permitindo que cooperativas e empresas integradoras do Estado participem através da formação de fundos vinculados. Isso proporcionará condições de financiamento facilitadas para a compra de máquinas, equipamentos, sistemas de irrigação e logística.

O Governo do Estado fez um aporte inicial de R$ 150 milhões por meio da Fomento Paraná, a instituição financeira encarregada de estruturar o fundo, que já possui mais R$ 200 milhões disponíveis para alavancar outros fundos semelhantes.

Esta iniciativa é uma alternativa ao Plano Safra e a outras fontes que atualmente não conseguem atender à demanda do setor. Diferentemente do programa federal, que foca no custeio e na comercialização da produção, o FIDC Agro Paraná prioriza a concessão de crédito para melhorias e expansão das operações agrícolas.

O governador destacou que a criação do fundo busca explorar dois importantes potenciais econômicos do Paraná: a força da agroindústria e o modelo cooperativista. Ratinho Junior enfatizou o incentivo a investimentos em áreas estratégicas do Estado, mencionando que quatro cooperativas já estão em processo de formação de seus próprios fundos, além do interesse de outros segmentos do setor.

Ele também esclareceu que os investimentos do Governo por meio da Fomento Paraná visam reduzir os juros dos financiamentos futuros, com a gestão do fundo sendo uma responsabilidade privada.

- As decisões acerca dos investimentos serão feitas pelo setor produtivo, enquanto o Estado estabelece regras para fomentar a economia local, priorizando produtos fabricados no Paraná -  acrescentou.

A expectativa é que, à medida que a iniciativa atraia mais investidores, o governo estadual possa realizar novos aportes, multiplicando os investimentos em todas as regiões produtivas do Paraná.

- O total disponível pelo Governo do Estado é de R$ 2 bilhões, o que pode gerar uma alavancagem de até R$14 bilhões  em investimentos totais para o agronegócio à medida que o projeto se consolida - concluiu o governador.

O Fundo foi lançado na B3, em São Paulo (Foto: Jonathan Campos)

A Fomento Paraná atuará como a principal cotista nesta fase do fundo, com sua participação limitada a 20% dos recursos, enquanto o restante será proveniente de investidores privados e cooperativas. A gestão do FIDC Agro Paraná ficará a cargo da Suno Asset, selecionada por meio de uma chamada pública da Fomento Paraná. A gestora, que faz parte do Grupo Suno, administra mais de R$ 1,5 bilhão, com mais de R$ 500 milhões  investidos no agronegócio, e se empenhará em atrair mais investidores privados para o novo fundo.

O foco inicial será em cooperativas e empresas integradoras mais bem estruturadas do Paraná, com a intenção de ampliar o acesso aos recursos em uma fase posterior, seguindo os critérios estabelecidos pela Fomento Paraná e pela Suno Asset.

- Essa iniciativa oferece uma nova opção de crédito para o agronegócio paranaense, com taxas de juros e formas de amortização atrativas, permitindo que cooperativas e integradoras também atuem como investidoras - ressaltou o presidente da Fomento Paraná.

Além disso, o regulamento do fundo assegura que os investimentos sejam realizados exclusivamente em produtos e serviços de empresas paranaenses, promovendo um ciclo virtuoso de geração de emprego, aumento de renda e maior arrecadação.

Com 226 cooperativas ativas no Paraná, das quais 16 estão entre as 500 maiores empresas do Brasil e 11 entre as maiores cooperativas agroindustriais do mundo, o FIDC Agro Paraná visa impulsionar o potencial econômico do Estado. A Fomento Paraná, além de ser a maior cotista na fase inicial, atuará como braço do Estado na definição das políticas de aplicação de recursos do fundo. Sua participação é limitada a 20% do total aplicado, com o restante vindo da iniciativa privada e outros investidores qualificados, incluindo as próprias cooperativas.

- O Paraná é o primeiro estado a ter um instrumento de crédito desse tipo, envolvendo as cooperativas e empresas integradoras locais e uma gestora, que buscarão outros investidores no mercado para alavancar este negócio - ressaltou Claudio Stabile, presidente da Fomento Paraná.

O foco inicial será nas cooperativas e empresas integradoras que possuem uma estrutura financeira e administrativa mais robusta. Assim, a consolidação do fundo permitirá atender a diversas outras cooperativas e integradoras.

O acesso aos recursos por produtores rurais cooperados e integrados será definido em uma segunda etapa, com critérios que seguirão o regulamento da Fomento Paraná e da Suno Asset. - Estamos abrindo mais uma alternativa de crédito para o agronegócio paranaense, com taxas de juros e formas de amortização muito vantajosas, permitindo que cooperativas e integradoras também se beneficiem como investidoras do próprio fundo - enfatizou o presidente da Fomento Paraná.

Os investimentos serão realizados exclusivamente no Paraná, por meio de cooperativas e integradoras, e o regulamento do fundo priorizará a aquisição de produtos e serviços de empresas estabelecidas no Estado.

- Nosso objetivo é que implementos, máquinas e equipamentos sejam, sempre que possível, produzidos no Paraná, gerando um ciclo virtuoso de criação de empregos, aumento da renda e crescimento da arrecadação - argumentou o presidente da Fomento Paraná.

A criação do FIDC Agro Paraná aborda a vocação das cooperativas paranaenses, reconhecidas como um dos principais ativos econômicos do Estado pelo governador. Atualmente, existem 226 cooperativas operando no Paraná, com 16 delas entre as 500 maiores empresas do Brasil e 11 entre as líderes mundiais em cooperativas agroindustriais.

Em 2024, as cooperativas paranaenses registraram um faturamento de R$ 205,7 bilhões, de acordo com dados do Sistema Ocepar. Com a expectativa de crescimento da produção e o retorno dos investimentos agroindustriais realizados nos últimos anos, a movimentação deve alcançar R$ 300 bilhões até 2026 e R$ 500 bilhões em 2030.


FIDC Agro Paraná, financiamento, agronegócio, cooperativas, investimento, governo do estado, Ratinho Junior, B3, parcerias, economia.

Compartilhe este conteúdo:

  Seja o primeiro a comentar!

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Envie seu comentário preenchendo os campos abaixo

Nome
E-mail
Localização
Comentário