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MULHERES DA AQUICULTURA – Ofélia Maria Campigotto: “Os homens têm papel extremamente importante no empoderamento feminino. Direitos e deveres iguais”
Data de Publicação: 31 de maio de 2023 19:34:00 A entrevistada desta semana, na série “Mulheres da Aquicultura”, é a piscicultora e ativista do setor, não só em Santa Catarina, mas em todo Brasil, Ofélia Maria Campigotto, mulher de fibra e figura muito conhecida pela organização e participação em eventos e na luta pelo desenvolvimento da aquicultura. Carismática e competente, é o reflexo das mulheres que revolucionam a aquicultura brasileira #mulheres da aquicultura #mulheres aquicultura br #ofélia maria campigotto #entrevista #empoderame
A cada mulher da aquicultura entrevistada por esta série, um universo de conhecimento e do empenho dessas mulheres para o desenvolvimento da aquicultura brasileira. Não produção apenas visando o lucro, mas com responsabilidade social, ambiental e respeito a toda a cadeia – da produção ao consumidor. A catarinense Ofélia Maria Campigotto é uma dessas personalidades que orgulham a aquiculturaq brasileira.
- Chegou o momento de igualdade, dos homens prepararem o palco e darem as mãos para as mulheres assumirem, estar no palco e nos aplaudir, respeitando cada uma com suas capacidades e limitações – diz ela, sem querer repetir Simone de Beauvoir, mas de sua forma muito original de ser, de ver o mundo.
Não só competente empreendedora, que trabalha duro ao lado do esposo, mas também uma voluntária. Está presente em diversas causas, sempre que a ocasião a chamar.
- Penso que todos nós que atuamos com organizações, eventos, pessoas, estamos na estrada e, assim, temos que ter um mínimo de conhecimento sobre primeiros socorros. Os imprevistos podem acontecer e decisões tem que ser rápidas, a prioridade é a vida humana – aponta.
Nesta entrevista, a questionei sobre diversos assuntos, da piscicultura a Aquishow deste ano. Por exemplo, como se desenvolve a piscicultura num estado onde o forte é a pesca.
- Verdade. Em Itajaí/SC, tem o SINDIPI (sindicato de pescadores e armadores). Setor forte, juntos somos o "Povo das Águas”, como fala o Sr Jorge Neves (ex-presidente do sindicato). São trabalhos diferentes. Lutas diferentes. Como meu foco é piscicultura/aquicultura, tenho muito que aprender sobre a pesca.
- Acredito ser muito importante, é o maior evento nacional de aquicultura. Quem realmente está envolvido com este setor deve participar, acompanhar as inovações, encontrar nele o povo da aquicultura. É o lugar perfeito – diz em relação a Aquishow.
Segue a entrevista.
Por Antônio Oliveira
Centro-Oeste Farm News (COFARMNEWS) – Minha amiga Ofélia! Que prazer tê-la como entrevistada nesta série dedicada às mulheres que fazem a aquicultura brasileira. Não nos vimos na Aquishow Brasil 2023, mas nos encontramos aqui. Tudo bem com você?
Ofélia Maria Campigotto – Olá, Sr. Antonio Oliveira. Estou bem, obrigada. Gratidão por esta oportunidade. Cada entrevista encantadora, que bela oportunidade para nós mulheres! É uma honra. Vou procurar dar o meu melhor. Senti sua falta na Aquishow Brasil 2023*. Pessoalmente, é uma celebração estar neste evento.
COFARMNEWS – Sempre foi um prazer estar com a Marilsa e o Emerson e na cobertura jornalística da Aquishow. Mas, neste ano, tive um compromisso também muito importante, que foi, na mesma data deste evento, a assessoria de imprensa de uma das minhas filhas, no lançamento do livro dela na Festa Literária Internacional de Barreiras (BA). Como pai, editor e assessor não poderia faltar neste importante passo da vida profissional da filhota.
Resuma para nós como foi a Aquishow deste ano, principalmente para – e com – as mulheres da aquicultura?
Ofélia Maria Campigotto – O evento Aquishow Brasil 2023 foi intenso, maravilhoso! A Marilsa Patrício merece todo nosso respeito e admiração pelo belíssimo trabalho de organização, envolvimento e realização deste evento. Ela recebe a todos com o maior carinho e atenção. Nossos agradecimentos à Sra. Newman Costa (Sebrae) por disponibilizar ingressos ao Aquishow Brasil 2023 para as mulheres do nosso grupo ( Mulheres Aquicultura BR). O Prêmio Personalidades Brasileiras da Aquicultura ( do qual fui uma das agraciadas em 2022 ), acredito que é um marco para o nosso desenvolvimento, reconhecimento da atuação das Mulheres Aquicultura BR. O "Painel das vozes Femininas" foi emocionante. Cada uma com sua luta, realidades diferentes. A Iroá Arantes (Sebrae) conduziu o painel impecavelmente, valorizando cada mulher que se colocou e falou de si e sua luta. Penso que qualquer evento da aquicultura sem o olhar e participação feminina, vai deixar a desejar. Cada evento é único. Amei participar.
CONFARMNEWS – Aliás, você e a Marilsa Patrício, juntas, têm uma carga de energia mais potente que a UHE de Itaipu...
Ofélia Maria Campigotto – Uauuu! Verdade. Há pessoas que gostamos de estar juntas, somar, fazer acontecer. “Pertencimento”. A Pandemia nos aproximou de muitas mulheres; as lives da Aquishow ( Marilsa Patrício & Emerson Esteves ), a participação feminina foi sempre marcante. E nos identificamos, da mesma forma com a Vera Lucia Pereira e a Katia Mastroto e muitas outras mulheres. Logo, criamos, em fevereiro de 2021, o grupo “Mulheres Aquicultura BR” e a Marilsa Patrício foi a primeira a participar, divulgar o grupo. Estamos, também, no Facebook e no Instagram. Tivemos algumas ações importantes realizadas este ano. A primeira foi o "Ofício de nós Mulheres Aquicultura BR" ( Ofício Nº 001/ 2023, de 10/01/2023), dirigido ao Senhor Ministro André de Paula, solicitando a indicação da Juliana Lopes da Silva (antiga funcionária do Ministério da Pesca e da Aquicultura) para o cargo de Diretora de Aquicultura em Àguas da União. Ficamos felizes pela aceitação. A Juliana, por sua luta e conhecimento, é merecedora. Outro momento importante foi a "Carta de Apoio" a zootecnista Amanda Hoch, proprietária da empresa Tilápia Leather. Na "X Aquaciência", realizamos ações como a reunião para alinhavar a associação com as mulheres que estavam presentes ao evento. Foi gratificante ver a Katia Mastroto e sua equipe na boutique da Aquishow Brasil 2023 com seu trabalho de artesanato, aproveitando o couro de peixes. Tivemos a oportunidade de fazer vários cursos on-line. A amiga e companheira aqui de Santa Catarina, a Fernanda Queiroz e Silva, que tem minha admiração e respeito (já entrevistada aqui ), faz a parte da comunicação brilhantemente. Juntas somos Fortes! Podemos!
COFARMNEWS - No que a Aquishow avançou neste ano e qual é a importância dessas feiras para o desenvolvimento da pesca e aquicultura brasileiras?
Ofélia Maria Campigotto - Acredito ser muito importante, é o maior evento nacional de aquicultura. Quem realmente está envolvido com este setor deve participar, acompanhar as inovações, encontrar nele o povo da aquicultura. É o lugar perfeito. Muito networking. Cada ano tem as suas diferenças, as pessoas é que fazem acontecer juntamente com a organização. Mesmo sendo muito intenso, gostaria de acompanhar mais. Mas, temos que fazer escolhas.
COFARMNEWS – Você ganhou mais um prêmio na feira. Fala sobre esse prêmio, sua importância para a aquicultura e o que ele significa para a sua carreira empreendedora.
Ofélia Maria Campigotto – Verdade. Foi o "3º Prêmio Inovação Aquícola”, categoria “Políticas Institucionais”, com a cartilha educomunicativa "Eu Como Mais Peixes Produzidos em Gaspar”, trabalho feito por muita mãos: IFSC, Câmpus Gaspar/SC; Professora Graciane Regina Pereira - Prefeitura Municipal de Gaspar; Eng. Agronônomo Henrique da Silva Pires , e eu, na condição de presidente da AQUIPAR (Associaçãos dos Aquicultores de Gaspar); trabalho realizado na Semana do Peixe de Gaspar, em 2022, com aproximadamente 450 alunos. Toda uma logística de atendimento, palestras, visitas, recepção de alunos e mostrando os peixes. Dá trabalho, mas é gratificante! Prêmio merecido, que é nosso, é de Gaspar, e fala sobre a nossa piscicultura, incentivando os jovens a consumir alimento saudável.
CONFARMNEWS – Acredita que as mulheres foram valorizadas nesta edição da Aquishow?
Ofélia Maria Campigotto – Sim. Estou aqui me perguntando: Qual foi a participação feminina na Aquishow Brasil 2023 em percentual entre homens e mulheres? Quem sabe a Marilsa possa nos responder. No palco, nas palestras, nos estandes em todos os setores, desde a segurança, alimentação, limpeza, comunicação, networking e a boutique, um espaço novo que se destacou.
COFARMNEWS – Como você analisa a união das mulheres da aquicultura pela causa? São compreendidas pelas lideranças masculinas?
Ofélia Maria Campigotto – Sabemos que é uma atividade muito masculina, mas sempre estivemos presentes na organização, preparando o palco para os homens. Chegou o momento de igualdade, deles prepararem o palco e darem as mãos para as mulheres assumirem, estar neste palco e nos aplaudir, respeitando cada uma com suas capacidades e limitações. A Fernanda Queiroz e Silva - agora colunista da Aquaculture Brasil - realizou um belíssimo trabalho de pesquisa sobre nós Mulheres Aquicultura BR ( 05/05/2023). Perfil das “Mulheres Aquicultura Br". Recomendo a leitura: https://bit.ly/MulheresnaaquiculturaBR . "São compreendidas pelas lideranças masculinas?” Talvez temos que nos impor mais. Vejo que temos muitos temas à trabalhar, falar, divulgar. Está sendo uma ótima oportunidade. Fiquei encantada com cada uma das suas entrevistadas (nesta série "Mulheres da Aquicultura"). Respeito é bom e eu gosto! Na Aquishow Brasil 2023, dia 25 de maio, criamos Associação Mulheres Aquicultura BR. Participei, no último dia 12 de maio, do evento "Delas Summit", promovido pelo Sebrae, no Balneário Camburiu, em Santa Catarina. Foi o maior evento de mulheres empreendedoras do Brasil. Palestrantes só mulheres. Acompanho as Mulheres do Agro nas redes sociais.
COFARMNEWS – Você empreende juntamente com seu marido, o Paulo Marangoni. Há disputa por liderança entre vocês?
Ofélia Maria Campigotto – O Paulo Marangoni - um inventor nato -, foi o sonho dele que me levou para a piscicultura/aquicultura. Quando me aposentei ( com 30 anos de trabalho registrado), com o Fundo de Garantia adquirimos a Fazenda Nossa Sra. de Fátima, em Gaspar /SC. Já se vão 23 anos). E juntos fazemos a diferença em Gaspar SC. Aqui as porteiras estão abertas para alunos, pesquisadores, pessoas que fazem a aquicultura/piscicultura acontecer. Afinal, "caixão não tem gaveta". O Paulo ficou maravilhado com a possibilidade de participar na Aquishow. Voltou com muitas idéias e desafios. Ele desenvolve aeradores e alimentadores automáticos para peixes. Sempre podemos melhorar. A inquietação nos faz buscar o melhoramento. “Há disputa por liderança entre vocês?” Atuações diferentes sim, e sabemos respeitar as diferenças. Sugerimos conhecer mais nosso trabalho, visitando nosso site: www.marangoniaquacultura.com.br
COFARMNEWS – O empoderamento das mulheres, em todas atividades da sociedade, preocupa os homens?
Ofélia Maria Campigotto – Depende. Para alguns homens pode ser. Homens também precisam colaborar para construir a igualdade de participação de ambos os gêneros, enxergando-nos como parceiras, tanto profissionais, quanto pessoal. Os homens têm papel extremamente importante no empoderamento feminino. Direitos e deveres iguais. Com olhar da Igualdade temos um equilíbrio. Evoluímos.
Dá trabalho, mas é gratificante! Prêmio merecido, que
é nosso, é de Gaspar, e fala sobre a nossa piscicultura,
incentivando os jovens a consumir alimento saudável.
(Foto: acervo pessoal)
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COFARMNEWS – Vi no seu breve currículo que tens uma vasta formação acadêmica e técnica. Como você faz essa formação extrapolar as fronteiras do seu empreendimento e contribuir com o universo brasileiro da aquicultura?
Ofélia Maria Campigotto – Tudo tem seu tempo. Aprender a aceitar, a se perdoar são fundamentais, mesmo sendo difícil. Perdas fazem parte de nós, cada pessoa que se coloca em nossa vida, tem sua razão divina. Tive um tempo de conhecimento religioso ( quase fiquei religiosa ). Em nossa família tivemos dois tios padres ( Pe. Hilário Michelluzzi e Pe. Silvio Michelluzzi - in-memória ) e uma tia religiosa. Alias, foi o Pe. Silvio Michelluzzi quem incentivou meu pai, Elias Campigotto, a ter uma lagoa para termos peixes para nosso consumo. Para nós, era o "peixe capim”- subsistência familiar. Tempo de trabalho profissional em vendas, atuei em Santa Catarina e Paraná. Fui a primeira mulher em vendas no setor em Santa Catarina. Desafios sempre fizeram parte da minha vida. Gosto de ler, estudar sempre. O conhecimento nos dá as ferramentas necessárias para melhorar de vida. É muito mais fácil observar e avaliar a atitude de outras pessoas. Quem consegue se autoavaliar, aceitar as suas fraquezas e mudar o que incomoda no seu próprio comportamento será sempre mais forte. O caminho para o autoconhecimento é bastante árduo. Mas se você admitir para si mesmo que não se conhece o suficiente e quer se compreender melhor, já deu o primeiro e mais importante passo.
COFARMNEWS – Vi, também, sua experiência nas áreas do associativismo e do cooperativismo. Acredita que estas duas modalidades de organização social e econômica são a saída para a organização e pleno desenvolvimento de pequenos projetos de aquicultura?
Ofélia Maria Campigotto – Sim! Fundamentais. Cada vez mais temos que estar organizados em associações/ cooperativas. Comecei em Gaspar com a AQUIPAR - Associação dos Aquicultores do Município de Gaspar. Participava das reuniões onde o Paulo foi presidente e comecei a organizar a lista de presença, ata, pautas de reuniões. Muitas realizações, sempre em conjunto com a Prefeitura Municipal de Gaspar, Epagri, IFSC, UFSC e muitos outros. ACAq (Associação Catarinense de Aquicultura) foi outro desafio de organização. E o Evandro Schmitt - ACQUA SUL ( alevinos) foi quem me desafiou e ajudou financeiramente. Mas, vejo que as pessoas têm muito receio de assumir liderança, sempre é muita responsabilidade, e decisões têm que ser tomadas. À convite da Professora Katt Lapa, participei da organização, juntamente com toda equipe, do “X Aquaciencia" - Florianopolis/SC" https://bit.ly/3KlVYhu e uma das visitas técnicas foi aqui em Gaspar/SC https://jornalmetas.com.br/geral/geral-gaspar/pisicultura_e_vista_por_congressistas.498951. Aprendi muito! Participei, a convite, do "6º Dia Estadual do Peixe”, ocorrida em 05 de maio de 2023, no município de Coxilha/RS, região norte do estado, com a participação de mais de 500 pessoas de 113 municípios. Foram produtores comerciais e familiares de pescado, assistentes técnicos e extensionistas, licenciadores e fiscalizadores municipais, estaduais e federais, prestadores de serviço de licenciamento ambiental, processadores de peixe de cultivo e fornecedores de insumos para piscicultura. Estar com os familiares e conhecidos da Gabriela Mattei ( Presidente PeixeRS ) foi maravilhoso! Agora, na Aquishow Brasil 2023, foi criada a “FENAQUA" (Frente Nacional de apoio a Aquicultura), com foco no pequeno e médio produtor de toda atividade da aquicultura nacional. Como já coloquei, agora temos Associação “Mulheres Aquicultura BR”
COFARMNEWS – Ainda no seu currículo vi que você fez até curso de bombeiros voluntários. É muita energia, não?
Ofélia Maria Campigotto – Penso que todos nós que atuamos com organizações, eventos, pessoas, estamos na estrada e, assim, temos que ter um mínimo de conhecimento sobre primeiros socorros. Os imprevistos podem acontecer e decisões têm que ser rápidas, a prioridade é a vida humana. É um trabalho voluntário! Quando fazemos estes trabalhos voluntários acreditamos que estamos ajudando aos outros, mas nós é que somos ajudados, com a riqueza de experiência, lições de vida. Atuei também no CVV (Centgro de Valorização da Vida) e aprendi como é importante ouvir. Se colocar no lugar do outro. Com a Vida Alves & Thays Alves aprendi muito sobre Comunicação! Curso de Fotografia FURB - Blumenau/SC - Harmonização das cores em tudo.
COFARMNEWS – Como se desenvolve a piscicultura num estado onde o setor pesqueiro é mais forte?
Ofélia Maria Campigotto – Verdade. Em Itajaí/SC tem o SINDIPI (sindicato de pescadores e armadores). Setor forte, juntos somos o "Povo das Águas” como fala o Sr Jorge Neves (ex-presidente do sindicato). São trabalhos diferentes. Lutas diferentes. Como meu foco é piscicultura/aquicultura, tenho muito que aprender sobre a pesca.
COFARMNEWS – A produção de peixes de cultivo em Santa Catarina registrou expressivo crescimento entre 2020 e 2022, conforme o Anuário PeixeBR da Piscicultura, ou seja, saiu das 44.300 toneladas para as 54.300 toneladas. Há condições do estado produzir ainda mais? O que tem motivado este crescimento e o que pode motivar um crescimento ainda maior?
Ofélia Maria Campigotto – Santa Catarina tem, na sua maioria, pequenos e médios produtores. Acredito que podemos, sim, produzir mais. Temos que fazer a lição de casa. Licenciamento Ambiental / Autorização Ambiental até chegarmos na Auto Declaração. Governança, como fala o Jorge de Matos Casaca, da Epagri. Foi elaborado o Manual Sobre Licenciamento Ambienta (Epagri ). Termos de Referência e Termos de Cooperação entre IMA / ACAQ / SAR. Estar regularizado é fundamental para o desenvolvimento da atividade. Mais integração seria muito importante para Santa Catarina. EPAGRI esta evoluindo no melhoramento genético. Os dados coletados da nossa piscicultura também são realizados pela Epagri. Outra preocupação é com as vendas, recebimentos justos pelo valor dos peixes. Muitos piscicultores já tiveram grandes perdas e isso prejudica todo o setor .
COFARMNEWS – Na sua visão de mundo, na sua experiência – uma pessoa altamente “apeixonada” pela aquicultura -, em qual região do Norte e Nordeste brasileiro podem surgir (ou está acontecendo) uma nova fronteira aquícola do Brasil?
Ofélia Maria Campigotto – Depende do potencial de investimento e das pessoas. Mas, temos que ter pé no chão, ser realista, transparentes. Afinal, somos responsáveis por aquilo que incentivamos. Aquicultura está em constante transformação e temos que estar preparados. Automatização, inovações, inteligência artificial e tecnologias vêm para somar, ajudar. Acredito que teremos grandes transformações. Lembrando dos 3 pilares da sustentabilidade: econômico, social e ambiental. Nossos piscicultores, na sua maioria, já estão na melhor idade. Jovens são poucos na lida do molhado, trabalho pesado. Temos, sim, acadêmicos, técnicos que têm meu respeito e admiração. Temos grande potencial turístico que falta desenvolver na piscicultura. Lugares maravilhosos, águas, matas nativas, serviços, gastronomia, hospedagens… há muito trabalho a ser feito com planejamento e organização!
COFARMNEWS – Muito obrigado por estar aqui conosco, o espaço está franqueado caso queira acrescentar algo mais e peço que você indique a nossa próxima entrevistada.
Ofélia Maria Campigotto – Gratidão! "Você pode sonhar o quanto quiser, mas somente verá os seus sonhos acontecerem se tomar atitudes para realizá-los". A determinação é uma grande aliada neste processo. Não desista! Desejos de Saúde e Felicidade a todos que tiraram um tempo para ler esta entrevista! Há muitas Mulheres que admiro e gostaria de ver aqui nas entrevistas… Indico a Sonia Ambar Amaral, mulher forte, serena, sempre presente nos eventos com seus familiares.
Clic aqui para ler a entrevista anterior (Katt Lapa)
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