Investimento de R$ 1,2 bi visa ampliar a produção de etanol e subprodutos na região impulsionando o desenvolvimento sustentável. Presidente em exercício Geraldo Alckmin e o governador Jerônimo Rodrigues estarão presentes.

Empresa é a maior do seu ramo no Brasil (Foto: Inpasa)

Por Antônio Oliveira

Descoberta no final da década de 1970 por migrantes do Sul e Sudeste do Brasil para a cultura de grãos, a região de Cerrado da Bahia, após a Embrapa Cerrado validar a viabilidade do seu solo para a agricultura, entrou, nos últimos anos, no processo de agroindustrialização de sua produção, 40 anos após a colonização, de forma bem diversificada. Uma das agroindústrias de processamento de produtos da região é a do milho para biocombustível e produtos para alimentação humana e animal. Essa realidade começa a ganhar impulso nesta segunda-feira, 21, em Luís Eduardo Magalhães, em terras altas do oeste da Bahia.

Subproduto será usado na ração animal (Foto: Inpasa)

Neste dia, a empresa Inpasa, maior produtora de etanol de milho do Brasil, lançará a pedra fundamental de sua mais nova unidade de biorefinaria no país. Será um investimento de R$ 1,2 bilhão, com previsão de operação a partir de 2026 e capacidade para processar 1 milhão de toneladas de grãos, incluindo milho e sorgo.

A nova unidade terá ainda produção anual de 460 milhões de litros de etanol, 230 mil toneladas de DDGS (subproduto utilizado como ração animal), 23 mil toneladas de óleo vegetal e 200 GWh de energia elétrica.

Entre os convidados do mundo político, empresarial e agrícola estarão o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que estará presente na condição de presidente em exercício devido à viagem de Lula à 16ª Cúpula do Brics em Kazan, na Rússia; o governador baiano, Jerônimo Rodrigues, e alguns de seus secretários de Estado.

A solenidade está prevista para ocorrer às 10h00 no quilômetro 900 da Rodovia BR-242, na zona rural de Luís Eduardo Magalhães.

Apoio do Estado

A instalação da nova unidade de biorefinaria da Inpasa na Bahia conta com o apoio fiscal do Governo do Estado, cujo governador assinou, no último dia 10, o decreto que estabelece novos incentivos fiscais para as biofábricas de combustíveis na Bahia.

Governador Jerônimo Rodrigues: apoio ao projeto (Foto: Governo da Bahia)

Os novos incentivos fiscais consistem em crédito presumido de 75% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) apurado nas operações com etanol anidro (puro, que é misturado à gasolina) e hidratado (comercializado nos postos de combustíveis), além dos chamados DDGs (coproduto da indústria de etanol de milho que pode ser usado na alimentação animal) e óleos diversos.

- O Estado tem atraído empresas que aliam geração de emprego e renda ao desenvolvimento sustentável. A alteração da legislação significa mais investimento em energia limpa - considerou o chefe do executivo estadual.

Geraldo Alckmin estará presente na condição de presidente da república em exercício (Foto: Agência Brasil).

Nesta mesma oportunidade, foi assinado um protocolo de intenções entre a Secretaria da Fazenda (Sefaz), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e a Inpasa para a instalação de uma nova planta de biorrefinaria, produtora de etanol anidro e hidratado, farelos com altos teores de proteína para a nutrição animal (DDGS), óleo bruto de milho e geração e exportação de energia elétrica.

Sobre a Inpasa

A empresa iniciou suas atividades no Paraguai em 2006, fabricando etanol anidro e hidratado, DDGS (Distiller’s Dried Grains with Solubles) e óleo de milho. Atualmente, a Inpasa possui duas unidades em operação no Paraguai e três no Brasil, com mais duas em construção. A partir da transformação de grãos em soluções limpas, a companhia investe na verticalização de seus produtos, agregando valor ao DDGS para diversas espécies, ampliando o escopo técnico de óleos vegetais e desenvolvendo estratégias para a produção de energia a partir de fontes renováveis, o que gera ainda mais sustentabilidade para a produção. Com uma missão clara e princípios sólidos, a Inpasa reforça sua vocação com ênfase em tecnologias inovadoras e produtos de alto valor agregado, em um modelo de negócios consolidado para impulsionar a transição energética.

*Com informações da Inpasa, Governo da Bahia e Governo Federal.

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