Da redação

Recentemente, a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre os Ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), de Minas e Energia (MME) e da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) marcou um passo significativo para o fortalecimento da agricultura irrigada no Brasil. Este pacto tem como objetivo enfrentar desafios cruciais, como a infraestrutura energética insuficiente e a necessidade de maior adoção de tecnologias sustentáveis, em consonância com o Plano ABC+ (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono).

Foto: Ascom/Bahia

A Bahia, um estado que já se destaca na produção agrícola e na irrigação responsável, esteve representada no evento por Alessandra Zanotto Costa, presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), e Marcel Sander, diretor da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Ambos enfatizaram o compromisso do estado com a expansão sustentável da irrigação.

Com um potencial significativo para aumentar as áreas irrigadas, a Bahia poderá se beneficiar diretamente dessa iniciativa. A expectativa é que a medida não apenas melhore a eficiência no uso da água e da energia, mas também gere empregos e fortaleça a segurança alimentar. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, declarou que o ACT demonstra uma estratégia clara do governo para promover crescimento e inclusão socioeconômica no setor.

Atualmente, o Brasil utiliza apenas 8,5 milhões de hectares para irrigação, muito aquém do potencial estimado em 54 milhões de hectares. Com a ampliação desse modelo produtivo, espera-se um aumento significativo na produtividade agrícola, com a possibilidade de até três safras anuais na mesma área.

Além disso, o evento também deu origem à Aliança pelo Desenvolvimento Energético dos Polos e dos Projetos de Irrigação, que reforça o compromisso do governo com a sustentabilidade e a inclusão socioeconômica dos produtores rurais. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância de levar energia de forma robusta às lavouras e incentivar práticas de irrigação mais eficazes.

Foto: Ascom/Aiba

Combate a Incêndios e Sustentabilidade na Bahia

Paralelamente ao evento acima, a Aiba foi reconhecida por suas iniciativas de combate a incêndios florestais durante a primeira reunião de 2025 do Conselho Nacional do Manejo Integrado do Fogo, em Brasília. O gerente de Sustentabilidade da Aiba, Eneas Porto, representou a entidade e destacou as ações voltadas para a prevenção e controle do fogo no Oeste da Bahia.

O secretário extraordinário do Ministério do Meio Ambiente, André Lima, elogiou as iniciativas da Aiba, que incluem a colaboração com produtores rurais e o lançamento de uma plataforma de monitoramento de focos de calor, considerada um modelo a ser expandido para outras regiões do país. Moisés Schmidt, presidente da Aiba, ressaltou a importância da parceria entre o setor produtivo e instituições ambientais para a preservação dos biomas.

A Secretaria de Meio Ambiente da Bahia (Sema) também desempenha um papel estratégico nessa colaboração, por meio do Programa Bahia Sem Fogo. As ações integradas entre a Aiba e a Sema têm mostrado resultados significativos, como a redução de 63,3% no desmatamento do cerrado baiano em 2024, em um ano em que as queimadas aumentaram em outras partes do Brasil.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam que, em 2024, foram registrados 4.428 focos de calor no Cerrado baiano, uma redução de 9% em relação ao ano anterior, contrastando com um aumento de 79% nos focos registrados em nível nacional. Eneas Porto destacou que as ações integradas de combate aos incêndios refletem o compromisso dos produtores rurais com uma agricultura cada vez mais sustentável.

A integração entre práticas agrícolas sustentáveis e segurança energética é fundamental para o desenvolvimento econômico e ambiental do Brasil, especialmente na Bahia.

Com informações da Ascom/Aiba.

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