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Figueirópolis e o ponto final da FIOL: uma polêmica sem fundamento
Data de Publicação: 12 de fevereiro de 2025 21:56:00 A nova decisão do Ministério dos Transportes sobre o traçado da FIOL acirra os ânimos entre políticos tocantinenses, que insistem em um traçado que, segundo o Governo Federal, pode gerar mais custos e menos eficiência.
Por Antônio Oliveira
Repercutiu bastante na Bahia e no Tocantins – inclusive em alguns sites de ambos os estados – a matéria "MUDANÇA DE RUMO DA FIOL - Ministério confirma que encontro com a Norte-Sul será em Mara Rosa (GO)", de minha autoria (clique aqui para ler a matéria). Nela, em resposta à minha consulta, o Ministério dos Transportes confirma que o encontro da Ferrovia da Integração Leste-Oeste (Fiol) com a Ferrovia Norte-Sul não ocorrerá mais no município de Figueirópolis, no norte do Tocantins, mas sim em Mara Rosa, no norte de Goiás.
No Tocantins, políticos com mandatos de Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador e Governador insistem que esse entroncamento ferroviário deve ser em Figueirópolis, mesmo diante da decisão técnica do Ministério dos Transportes.
Li, no início desta noite, no site do Jornal Opção Tocantins, uma matéria pautada pela minha e fazendo referência a este site, que tem uma tradição de 22 anos no mercado editorial agro regional e nacional, caracterizando-o como "um veículo especializado em agropecuária". O editor do referido texto não imagina o tamanho do meu respeito pelo fundador do Opção, Hebert de Moraes Ribeiro ( 04/04/1943 – 24/03/2026) e pelo seu eterno editor-geral, Euler Belém, um dos melhores editorialistas do Brasil.
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Ferrovia Norte-Sul: " O foco das discussões gira em torno de um
entroncamento no meio do Cerrado, que não irá gerar significativas
benesses para nenhuma das duas regiões" (Foto: Governo Federal)
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Na matéria do Opção Tocantins, sucursal do Jornal Opção de Goiânia, com 49 anos de existência, o título confirma o que o Ministério havia informado ao meu site e ao próprio Opção Tocantins, conforme o redator de tal matéria. No entanto, o corpo da matéria alimenta a irracionalidade, neste caso, especialmente dos políticos, incluindo o governador Wanderley Barbosa. A matéria evidencia a força da bancada federal no Congresso Nacional e a eleição do senador tocantinense Eduardo Gomes, em fazer o Governo Federal reconsiderar essa decisão. O próprio veículo defende essa ideia nas entrelinhas do texto.
Entendo que é justo que a classe política defenda os interesses do Estado, especialmente no que se refere à infraestrutura, ao desenvolvimento econômico e à consequente geração de empregos e renda. Contudo, a decisão de mudar o traçado da FIOL do oeste da Bahia até Mara Rosa foi baseada em estudos técnicos e de viabilidade econômica.
Veja bem: se esse trecho, que possivelmente não passará mais pelos municípios de Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, já que de Correntina, município vizinho a esses dois, e também grande produtor de grãos, seguiria para Mara Rosa – buscando caminho mais curto -, manter Figueirópolis no projeto geraria gastos desnecessários. Isso se deve ao fato de que, ao chegar à divisa da Bahia com o Tocantins, a ferrovia, ao invés de subir para Mara Rosa, desceria para Figueirópolis, aumentando o percurso e, consequentemente, os custos de construção. Alguns podem argumentar: “Ah, mas tem o escoamento da produção do Tocantins, especialmente do sul do estado!” Errado. A Ferrovia Norte-Sul já liga o sul do Tocantins aos estados do Sudeste e ao Porto de Itaqui, no Norte. Tocantins pode escoar tanto para São Luís do Maranhão, no Norte, quanto para o Porto de Santos (SP), no Sudeste.
Além disso, o foco das discussões gira em torno de um entroncamento no meio do Cerrado, que não irá gerar significativas benesses para nenhuma das duas regiões – sul do Tocantins e norte de Goiás. Trem de carga, o maquinista não para nem para suas necessidades fisiológicas ou para tomar água. São trens modernos e entroncamento inteligente. Vapt-vupt de uma linha para outra.
Tecnicamente, essa mudança está “favas contadas”. Se esses políticos desejam “brigar” pela região economicamente carente do sul do Tocantins, deveriam lutar pela construção de um porto seco ou de um pátio multimodal. Notem que na direção sul do Tocantins/Estrela D’Oeste, no interior de São Paulo, onde termina a Ferrovia Norte-Sul, existe apenas um porto seco, em Rio Verde. Poderia haver um entre Gurupi e Figueirópolis.
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