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ARTIGO DE OPINIÃO - Da falta de comunicação, diplomacia e respeito do governo a “esse pessoal do Agro”
Data de Publicação: 22 de fevereiro de 2025 20:14:00 Para fortalecer o Brasil, o Agronegócio deve ser um conselheiro proativo, não um agente de desestabilização política e o governo tem que aprender a respeitar e a comunicar. Ainda não aprendeu.
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Imagem: IA META, por encomenda do articulista
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Por Antônio Oliveira
O presidente Lula, após enfrentar diversas críticas e reconhecendo, nessas "tacas", a falta de comunicação em seu governo, fez mudanças na Secretaria de Comunicação do Planalto. A primeira delas foi a substituição do titular do órgão, que tem status de ministério, Paulo Pimenta. Curiosamente, ele é jornalista, técnico agrícola e político, mas, apesar dessas três experiências, não conseguiu melhorar a comunicação do governo, nem com o Congresso Nacional nem com o Agronegócio. Para seu lugar, foi nomeado o experiente publicitário Sidônio Palmeira, que, até o momento, ainda não demonstrou, na Secom, seu potencial.
O governo continua a falhar na comunicação interna, entre seus ministros, diretores, chefes e superintendentes. Esses, salvo exceções, se sentem "reis e rainhas da cocada preta", dificultando a interação com representantes da sociedade em geral, o que contribui para o isolamento do governo.
Após o desgaste causado pelo episódio do PIX, que gerou grande controvérsia, nesta semana um novo capítulo provocou outro desgaste: o anúncio da suspensão das operações do Plano Safra 2025. Esse erro foi desastroso e deu munição para setores do Agronegócio, que se opõem ferrenhamente ao governo, atacarem novamente Lula e desgastá-lo ainda mais.
Faltou ao Ministério da Fazenda a diplomacia, o respeito e a comunicação. O ministro Haddad deveria, antes de anunciar a necessária decisão da pasta, ter convocado os principais representantes do Agronegócio brasileiro, como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Brasil (Aprosoja Milho), entre outras de grande representatividade regional e nacional, para explicar a situação e a decisão tomada, garantindo que o governo federal estava adotando providências para solucionar, o mais rápido possível, um problema criado pelo Congresso Nacional: a não votação, até o presente momento, do Orçamento da União. Ele fez isso, junto à FPA, por meio do presidente desta, deputado federal Pedro Lupion, após o estrago já feito, com estardalhaço desnecessário e viés político-partidário.
“Comunicação é a chave para a construção de um Brasil mais forte e unido.”
O Agro brasileiro é uma instituição muito séria e importante para o Brasil e o mundo. Não deveria surfar nesta onda que tenta, a todo custo, desestabilizar o governo, esquecendo-se — ou não levando em conta — que o resultado dessa desestabilização pesa sobre os ombros e no suor de todos os brasileiros, independentemente de suas categorias sociais, políticas, econômicas ou empresariais. A oposição é fundamental e necessária em um sistema democrático, mas deve se basear em propostas, críticas construtivas, sugestões, conselhos e diálogo, e não sob a perspectiva do “quanto pior, melhor”.
O Agronegócio brasileiro tem a moral para ser conselheiro dos governos, e não um agitador político-partidário. Quero deixar claro que não estou defendendo bandeiras partidárias; estou apenas reconhecendo os erros e acertos, bem como o papel de cada um dos entes sociais, políticos e empresariais na construção do Brasil.
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Passo agora a um outro problema que vem à tona no atual estágio da política brasileira e que preocupa o setor responsável e comprometido do Agronegócio brasileiro e seus defensores — e quem acompanha meu trabalho ao longo de quase quatro décadas nos cerrados de Goiás e do MATOPIBA sabe que estou entre eles. Contudo, nunca fui de apenas elogiar o setor; exerço sempre meu direito de crítica — construtiva, diga-se de passagem.
O ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro envolveu o Agronegócio em uma trama que pesa sobre os ombros do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, conforme denúncia do Ministério Público Federal. De forma até pejorativa, ele afirmou que o “pessoal do agro” estaria envolvido em uma conspiração considerada golpista.
Isso é sério!
Assim como as Forças Armadas, instituições que sempre mereceram o respeito da sociedade brasileira, proclamaram recentemente, por meio do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que “a denúncia identifica os militares responsáveis por uma tentativa de golpe, ao mesmo tempo que separa e isenta a instituição Forças Armadas daquele processo”, o lado sério e equilibrado do Agronegócio, que, repito, é a maioria do setor, deve esforçar-se para que tudo se esclareça, para que a verdade apareça e para separar o joio do trigo.
O Agro não pode ser taxado de forma pejorativa — “esse pessoal do agro” — nem permitir que seja maculado por atitudes precipitadas e equivocadas de uma minoria.
O Agro deve e precisa gozar do respeito da sociedade, mostrando que em seu seio predominam homens e mulheres de bem, que trabalham incansavelmente pela segurança alimentar, pelo bem-estar e pelo engrandecimento do Brasil.
É fundamental defender, enquanto é tempo, a união do setor e evitar a mistura de inclinações partidárias pessoais com as ações e programas desta grande e magnânima instituição, que é uma das locomotivas do desenvolvimento brasileiro.
Comunicação, Agronegócio, Seriedade, Diálogo, Responsabilidade, Desenvolvimento, Cooperação, Transparência
#Agronegócio #ComunicaçãoEficiente #Responsabilidade #Desenvolvimento #DiálogoConstrutivo #Liderança #Unidade #BrasilForte

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