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A Agrishow, o partidarismo radical do Agro e a irresponsabilidade de Bolsonaro
Data de Publicação: 30 de abril de 2023 20:17:00 Quando pensou que encontrou uma saída para não transformar a abertura da Agrishow em palanque eleitoral, a Agrishow é tomada de nova preocupação com o desembarque de Bolsonaro e sua horda de fanáticos em Ribeiro Preto, rumo a feira que começa nesta segunda-feira #abertura da Agrishow #agrishow #bolsonaro #bolsonaro na Agrishow #bolsonaro em ribeirão preto
Bolsonaro na Agrishow 2022, numa jogadas de marketing e demagógica manjadas
desde as primeiras repúblicas (Foto: redes sociais de Bolsonaro)
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Por Antônio Oliveira
A organização da Agrishow, maior feira de negócios para a agropecuária da América do Sul, viveu uma semana de cão, com o desdobramento de uma infeliz e atrapalhada ação de sua organização – dizem que de uma só pessoa, o presidente do evento, Franciso Maturro -, que foi a de “desconvidar” o ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro, para a tradicional abertura oficial do evento que seria realizada nesta segunda-feira, 1º de maio. Depois de tanto tentar e adular, em vão, o titular da pasta de agropecuária do Governo Lula para que ele voltasse atrás de sua decisão de não comparecer ao evento, a Agrishow decidiu, nesta sexta-feira, 29, não realizar a abertura solene, para que esta não se tornasse palanque eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro e, assim, agravar a crise com o Governo Federal que vinha, por meio do MAPA, finalizando um pacote de benefícios para o Agronegócio e que seria anunciado no evento.
E se o ministro Carlos Fávaro já tinha certo receio de ir a Agrishow deste ano, por causa do partidarismo radical, da irresponsabilidade e da agressividade de parte do Agro – institucional e pessoal -, com esta atrapalhada protocolar, política e diplomática, seus receios chegaram ao nível máximo da prudência: ele poderia ser hostilizado e humilhado por uma horda de bolsonaristas fanáticos e inconsequentes que, com certeza, vai transformar esta segunda-feira da Agrishow num grande palanque eleitoral fora de data e de lugar. Fávaro agiu certo. Os ataques, a agressividade e as acusações caluniosas contra o atual Governo, principalmente contra seu titular, o presidente Lula, estão presentes em postagens individuais ou de grupos criados para desestabilizar o atual Governo nas redes sociais, nos sites bolsonaristas e em adesivos na traseira das camionetes de produtores rurais – salvo as exceções.
Esta gente não quer o desenvolvimento social, econômico e político do país. Não há projeto dela para isto, mas sim projetos político-pessoais. Se não, faria uma oposição decente, responsável e deixaria para fazer palanques em tempo certo. Fávaro e o atual Governo como um todo estão com a razão de não expor as costas para serem chicoteadas.
Engana-se parte do Agro que pensa e acredita piamente que Bolsonaro foi e é a tábua de salvação, o herói do Agronegócio. Ledo engano ou muito ódio, inveja e o não aceitar a liderança de Lula, no Brasil e no mundo. Isto incomoda a elite de todas as classes sociais e econômicas – de novo, exceções à regra. Se se for observar como Bolsonaro agia em relação a sustentabilidade ambiental, no relacionamento com o mundo exterior, principalmente com o maior comprador de commodities, agropecuárias do Brasil, a conclusão é que foi um irresponsável e poderia levar o Agro à falência em pouco tempo se tivesse sido reeleito. Fato! Basta tirar dos olhos a venda da ignorância e do fanatismo político.
Pois bem! Quando a organização da Agrishow suspirou aliviada por ter tomado uma decisão correta, eis que desembarcam em Ribeirão Preto (SP), sede da Agrishow, Bolsonaro e seus fieis e fanáticos escudeiros, já fazendo a sua tradicional motociata, preparativo para sua chegada “triunfal” ao parque de exposição da Agrishow, tornando esta em palanque, mesmo que a organização do evento decidiu não fazer isto.
Agora eu pergunto: isto é respeito ao Agronegócio e com um evento de tamanha envergadura e importância para o setor e para o Brasil? Não! Bolsonaro quer ver é o circo pegar fogo, contanto que ele esteja em evidência e seus adversários massacrados pelas fakes, agressões verbais e midiáticas. E acendeu um estupim em Brasília, tentando incinerar a Democracia e a Constituição Federal e se mandeu para os Estados Unidos. O resto desta história todos sabem e só não a admitem, reconhecem por estarem cegos politicamente.
Parte do Agro tem culpa de toda esta situação.
Mas, como dizem nossos avós, “há males que vêm para bem”. Talvez isto sirva para que esta parte do Agronegócio repense sua atuação no contexto político do país; despartidarize as instituições representativas do setor e retome a sua moral de até ser conselheiro de governos dos três entes federados e, assim, contribuir com a retomada do desenvolvimento social e econômico.
PS.: Falaria o mesmo se esta situação política fosse politicamente inversa.
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