Produtores de algodão da Bahia celebram nova rota de exportação Bahia-Ásia, que promete aumentar a competitividade e reduzir custos logísticos para diversas commodities agrícolas

Da Redação

Os produtores de algodão da Bahia, representados pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), celebraram o lançamento da nova rota de exportação Bahia-Ásia, anuncia a instituição. O navio MSC Orion partiu na última quarta-feira (24) do Terminal de Contêineres (Tecon) do Porto de Salvador, iniciando um novo fluxo semanal de exportação que inclui soja, algodão, café e outros grãos da Bahia diretamente para o mercado asiático. Com 366 metros de comprimento, profundidade de 16 metros e capacidade para transportar 15 mil TEUs, este é o maior navio da América Latina e o primeiro desse porte a operar na Bahia de Todos os Santos.

Com 366 metros de comprimento, profundidade de 16 metros este é o maior navio da América Latina e o primeiro desse porte a operar na Bahia de Todos os Santos  (Foto: Divulgação)

Luiz Carlos Bergamaschi (Foto: Antônioi Oliveira/Cerrado Rural)

Para Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa, esse é um marco importante para o setor produtivo da Bahia, que há muito tempo busca alternativas logísticas mais eficientes e econômicas.

- Essa nova rota é fundamental para aumentar a competitividade do algodão baiano, oferecendo uma opção de transporte segura e eficiente para os mercados internacionais, ao mesmo tempo que reduz custos para a cotonicultura da Bahia e do Brasil - afirma.

Júlio Cézar Busato, conselheiro da Abapa, destaca que a articulação para essa rota começou em 2017, envolvendo muitos encontros e reuniões com armadores, traders e Tecon.

- Após anos de esforços, finalmente temos uma rota que promete ser permanente, permitindo que nossa fibra de qualidade, sustentável e reconhecida internacionalmente chegue com mais facilidade a mercados exigentes como China, Turquia e Vietnã - diz Busato.

Durante a Bahia Farm Show, os responsáveis pela nova rota – MSC, Wilson Sons e Tecon – receberam o apoio dos cotonicultores baianos. Alessandra Zanotto Costa, vice-presidente da Abapa, ressalta a redução significativa de custos e distâncias.

- São cerca de 700 quilômetros a menos de frete rodoviário em comparação com Santos (SP), e 25% de redução nos custos logísticos. Essa conquista fortalece toda a cadeia produtiva, do plantio à exportação, dentro da Bahia, e nos enche de orgulho - afirma.

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