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MEIO AMBIENTE - Desmatamento no Cerrado atinge níveis críticos e exige ações urgentes

MEIO AMBIENTE - Desmatamento no Cerrado atinge níveis críticos e exige ações urgentes

Data de Publicação: 8 de agosto de 2024 15:47:00 A destruição do Cerrado aumentou 9% em 2024, destacando a necessidade de políticas mais eficazes para proteger o bioma, enquanto a Amazônia apresenta sinais de recuperação.

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 A destruição do Cerrado aumentou 9% em 2024, destacando a necessidade de políticas mais eficazes para proteger o bioma, enquanto a Amazônia apresenta sinais de recuperação.

 

Da redação

Conforme apontado por um porta-voz da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, o desmatamento no Cerrado entre agosto de 2023 e julho de 2024 “alcançou níveis alarmantes, destruindo uma área equivalente a quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo.” De acordo com dados divulgados pelo governo federal, o bioma perdeu cerca de 7.015 km² de sua vegetação nativa, um aumento de 9% em relação ao período anterior. Enquanto a Amazônia registrou uma redução de 45% no desmate, a situação no Cerrado revela a ausência de uma estratégia eficiente para preservar o bioma.

Beto Mesquita, membro do Grupo Estratégico da Coalizão Brasil, observa que, embora a queda do desmatamento na Amazônia demonstre uma tendência positiva, o Cerrado enfrenta um cenário preocupante.

- O desmatamento no Cerrado segue uma tendência crescente, apesar de uma leve retração nos últimos meses. Batemos recordes em 2023, e agora, em 2024, a situação se agravou - afirmou.

"O desmatamento no Cerrado segue uma tendência crescente",
diz a Coalizão Brasil (Foto: Antônio Oliveira)

A diferença entre os dois biomas está no caráter das áreas desmatadas. Enquanto na Amazônia a maior parte do desmatamento é ilegal, no Cerrado, mais de 90% das áreas desmatadas têm autorização dos governos estaduais, seguindo o Código Florestal.

- No Cerrado, o problema não é a grilagem, mas a devastação legalizada por proprietários rurais. Isso torna o combate ao desmatamento muito mais complexo - explica Mesquita.

Para enfrentar esse desafio, Mesquita defende a criação de medidas de incentivo que restrinjam o desmatamento no Cerrado.

- O governo federal precisa atuar em parceria com os estados, oferecendo incentivos fiscais e financeiros para os produtores. Sem essas medidas, corremos o risco de salvar a Amazônia e perder o Cerrado.

Sobre a Coalizão

É um movimento composto por mais de 390 organizações, entre entidades do agronegócio, empresas, organizações da sociedade civil, setor financeiro e academia. A rede atua por meio de debates, análises de políticas públicas, articulação entre diferentes setores e promoção de iniciativas que contribuam para a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

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