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ENTREVISTA - Desafios e oportunidades da sojicultura e milhicultura no Cerrado baiano: uma visão de Darci Salvetti, presidente da Aprosoja Bahia
Data de Publicação: 7 de fevereiro de 2025 15:24:00 Em bate papo comigo, de forma remota, o dirigente discute o panorama atual das culturas no Cerrado baiano, destacando inovações, desafios e a importância da sustentabilidade. E diz não ver mudanças climáticas no Planeta.
Por Antônio Oliveira
Nesta entrevista, encerramos uma série de conversas com os presidentes das Aprosojas dos estados da região do MATOPIBA, que inclui Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Apenas a de Tocantins e a do Maranhão, não demonstraram interesse em participar. A plataforma permanece aberta para que todas as Aprosojas, tanto da região quanto de todo o Brasil possam contribuir com suas experiências e perspectivas.
Nesta última da série, um diálogo objetivo e enriquecedor com Darci Salvetti, presidente da Aprosoja Bahia. Ele compartilha sua visão sobre o panorama atual da sojicultura e milhicultura no Cerrado baiano, destacando os avanços tecnológicos, os desafios da agroindustrialização e a importância da conscientização sobre o papel vital dos produtores rurais na segurança alimentar. Salvetti também aborda a necessidade de práticas sustentáveis e o papel das políticas agrícolas na promoção do agronegócio na região.
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Darci Salvetti, presidente da Aprosoja Bahia (Foto: Acervo pessoal)
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Cerrado Rural – Presidente, qual é, hoje, o panorama da sojicultura e da milhicultura na Bahia, especialmente no Cerrado baiano, que é a maior região de cultivo desses grãos no estado?
Darci Salvetti – O panorama da soja está muito favorável na Bahia, com cerca de 2 milhões de hectares plantados e perspectivas muito boas de colheita até agora. No entanto, algumas áreas ainda precisam de chuvas até meados do mês que vem. O milho também apresenta um cenário positivo, mas igualmente necessita de chuvas até o próximo mês.
Cerrado Rural – A que o senhor atribui o êxito dessas duas culturas no Cerrado baiano, além das condições edafoclimáticas propícias?
Darci Salvetti – Atribuo isso ao produtor baiano, que, com muita tecnologia, transformou terras arenosas em áreas muito férteis. Com bons manejos de correção e perfil de solo, conseguimos fazer da Bahia uma campeã em produtividade.
Cerrado Rural – Ter como aliadas entidades de apoio como a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) ajuda nas atividades representativas da Aprosoja Bahia?
Darci Salvetti – A AIBA, a ABAPA, o Sindicato Rural e a Aprosoja, juntos, certamente trazem melhores resultados e representatividade para a região, cada um desempenhando seu papel.
Cerrado Rural – Os três entes federados têm feito a sua parte para que a Bahia e o Cerrado baiano continuem em escala crescente em produção e produtividade?
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Darci Salvetti – Sim, eles têm atuado na resolução das demandas nas esferas políticas e na capacitação profissional dos colaboradores, que é um grande gargalo na região.
Cerrado Rural – O processo de agroindustrialização da soja e do milho na região está correspondendo às expectativas dos produtores?
Darci Salvetti – A agroindustrialização está presente, mas não tem acompanhado o ritmo de crescimento da região. Para a soja, há necessidade de aumentar as indústrias de esmagamento e, para o milho, é fundamental desenvolver a indústria de etanol para verticalizar a produção.
Cerrado Rural – O que falta para a região avançar para essa etapa, que é a agroindústria?
Darci Salvetti – Temos deficiência de energia e falta de incentivos governamentais.
Cerrado Rural – Um produtor rural do MATOPIBA conduzindo a Aprosoja Brasil tem um significado especial para a região?
Darci Salvetti – Sim, é um estímulo para nós, produtores da região.
Cerrado Rural – O agronegócio brasileiro, frequentemente criticado e até demonizado pela sociedade urbana, está atualmente tentando reverter essa situação e democratizar sua dinâmica. Como está esse processo na Bahia?
Darci Salvetti – Não é diferente de outros estados. O produtor rural coloca comida na mesa de todos e, infelizmente, é alvo de muitas inverdades. A dinâmica da Aprosoja Bahia e Brasil é conscientizar a mídia e seus jornalistas de que, sem o produtor rural, não há alimentos. O produtor rural pode viver sem a cidade, mas a cidade não sobrevive sem o produtor rural.
Cerrado Rural – Quais iniciativas a Aprosoja Bahia está implementando para promover a agricultura sustentável na região, considerando a preservação ambiental e a biodiversidade local?
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Darci Salvetti – Nós, produtores, somos conscientes e sabemos o que fazemos. Temos leis ambientais rigorosas que devemos seguir, e a cada ano melhoramos os solos com palhadas, plantio direto e outras práticas, sempre pensando no benefício da produção e na preservação ambiental.
Cerrado Rural – Como a Aprosoja Bahia está se posicionando em relação às políticas agrícolas nacionais, especialmente em temas como subsídios, crédito rural e acesso a tecnologias?
Darci Salvetti – Esses temas são debatidos com a Aprosoja Brasil, juntamente com o IPA (Instituto Pensar Agropecuário) e a FPA (Frente Parlamentar da Agricultura).
Cerrado Rural – Quais estratégias a Aprosoja Bahia tem adotado para expandir a presença dos produtos agrícolas do estado nos mercados internacionais, especialmente em um cenário de crescente competição global?
Darci Salvetti – Nós atuamos em conjunto com a Aprosoja Brasil.
Cerrado Rural – Como a Aprosoja Bahia está se preparando para os desafios impostos pelas mudanças climáticas e quais ações estão sendo tomadas para mitigar seus impactos na agricultura da região?
Darci Salvetti – Até o momento, na minha opinião, não estou percebendo mudanças climáticas significativas.
Cerrado Rural – Muito obrigado por nos conceder esta entrevista.
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