Da redação

O governo de Rondônia celebra um passo importante para a ciência e a sustentabilidade na Amazônia. Recentemente, um estudo colaborativo entre pesquisadores brasileiros e norte-americanos, apoiado financeiramente pela Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa (Fapero), foi publicado em uma renomada revista científica interdisciplinar da Grã-Bretanha. Intitulado Towards Sustainable Aquaculture in the Amazon (Avanços na Aquicultura Sustentável na Amazônia), o artigo destaca a aquicultura do Tambaqui como uma alternativa viável para a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico local.

O estudo concluiu que a aquicultura é significativamente mais eficiente que a pecuária (Foto: Governo de Rondônia)

O projeto, financiado pela Iniciativa Amazônia +10, contou também com o suporte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os pesquisadores indicam que a criação de peixes pode gerar empregos e melhorar a renda de comunidades locais, mas alertam que é essencial implementar uma legislação ambiental mais rigorosa para proteger o ecossistema amazônico.

O estudo concluiu que a aquicultura é significativamente mais eficiente que a pecuária, tanto em relação à emissão de gases de efeito estufa quanto ao uso de terra, sendo menos impactante por tonelada de proteína animal produzida. Esses dados mostram a importância de investir em práticas sustentáveis para o desenvolvimento da Amazônia.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, destacou a importância do apoio a estudos que tragam soluções adequadas para o desenvolvimento sustentável na região.

- Financiando pesquisas como esta, o governo do estado está criando condições para o avanço científico e promovendo práticas que beneficiam o meio ambiente e as comunidades locais - afirmou.

Felipe Pacheco, pesquisador do programa Eric & Wendy Schmidt AI in Science da Universidade Cornell e autor do artigo, enfatizou que a aquicultura pode ser uma alternativa sustentável à pecuária, a qual é responsável por cerca de 80% do desmatamento na Amazônia. Essa linha de pesquisa também deve considerar as necessidades de diferentes produtores, promovendo inclusão e sustentabilidade, e mais estudos são necessários sobre os impactos para a inserção da atividade no mercado internacional.

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