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CAPIM-PÉ-DE-GALINHA - O vilão resistente que desafia os produtores de milho
Data de Publicação: 12 de agosto de 2024 11:28:00 A presença do capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) nas lavouras de milho tem preocupado agricultores em todo o Brasil, devido à sua alta dispersão e resistência a herbicidas. Estratégias de manejo integrado são essenciais para controlar essa planta daninha e evitar prejuízos bilionários na produção
A presença do capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) nas lavouras de milho tem preocupado agricultores em todo o Brasil, devido à sua alta dispersão e resistência a herbicidas. Estratégias de manejo integrado são essenciais para controlar essa planta daninha e evitar prejuízos bilionários na produção
Da redação
A presença de plantas daninhas no cultivo do milho pode ser um desafio significativo para os produtores, e o capim-pé-de-galinha (Eleusine indica) é um dos principais vilões. Conhecida por seus diversos nomes regionais, como capim-da-cidade e capim-fubá, essa gramínea se destaca pela sua alta capacidade de dispersão e resistência a herbicidas, o que pode impactar severamente a produtividade das lavouras.
As informações são da Ourofino Agrociência, com edição da redação do site.
Foto: Divulgação |
Para se ter ideia, as plantas daninhas exercem um impacto significativo na rentabilidade das culturas agrícolas. Segundo Décio Karam, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, sediado em Sete Lagoas (MG), as perdas associadas ao controle de plantas daninhas resistentes a herbicidas ou de difícil controle, dentre elas o capim-pé-de-galinha, podem chegar a cerca de R$ 12 bilhões de reais.
A daninha é uma preocupação crescente dos produtores em diversas regiões agrícolas do Brasil, do Sul ao Centro-Oeste, que têm testemunhado um aumento significativo na incidência do problema em diferentes culturas, inclusive na do milho.
Segundo Lenisson Carvalho, gerente de marketing da Ourofino Agrociência, o capim-pé-de-galinha é uma planta que compete por nutrientes, água, luz solar e espaço. Sua presença pode resultar em uma redução dos recursos essenciais para as culturas, comprometendo seu crescimento saudável.
- Uma única planta pode produzir até 40 mil sementes. Seu ciclo de desenvolvimento é anula, variando entre 120 a 180 dias. Sua capacidade de tolerar seca e alta umidade permite que se adapte a diversas regiões produtoras no país. O início do crescimento é lento, sendo nesta fase ideal para o controle da espécie - explica.
Outro ponto de atenção é que o capim-pé-de-galinha tem se mostrado resistente a herbicidas, nas regiões produtoras do Cerrado brasileiro, segundo pesquisa realizada pela Embrapa.
- A resistência aos herbicidas, seja ela simples, quando se refere unicamente ao glifosato ou herbicidas inibidores da ACCase, ou múltipla, a dois ou mais mecanismos de ação, tem se mostrado dispersa em outras regiões do país - afirma o pesquisador Karam.
Estratégias para o controle eficaz
Para enfrentar o capim-pé-de-galinha, é indicado a adoção de um manejo integrado que inclua práticas preventivas e corretivas.
1. Manejo preventivo:
O uso de herbicidas em pré-emergência é uma prática recomendada para evitar o desenvolvimento de novas plantas. Além disso, a rotação de culturas e a aplicação de herbicidas com diferentes mecanismos de ação são eficazes para evitar a seleção de biótipos resistentes. A dessecação precoce, antes que as plantas atinjam os 38 dias após a emergência, é fundamental. Nessa fase, as plantas ainda são pequenas e mais vulneráveis ao controle com herbicidas de contato ou sistêmicos.
2. Dessecação e controle pós-emergência:
Aplicar herbicidas específicos, pode ser eficaz quando as plantas ainda não perfilharam. Com amplo espectro para o manejo de plantas daninhas de difícil controle, o produto possui alta performance no manejo de plantas daninhas gramíneas e folhas largas em pós-emergência na cultura do milho.
3. Tecnologia de aplicação
Uma recomendação importante, segundo o pesquisador Décio Karam é usar a tecnologia de aplicação quando o produtor fizer uso do controle químico, pois estudos recentes mostram que na maioria das vezes não se trata de resistência aos herbicidas e sim ao uso inapropriado da aplicação.
- O que acontece é que nem sempre o produtor tem capacidade operacional para fazer a aplicação no momento correto ou, se ele tem uma infestação mista, acaba prestando atenção em outras espécies que se desenvolvem mais rápido que o capim-pé-de-galinha deixando passar o momento ideal de controle da infestante.
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