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PECUÁRIA SUSTENTÁVEL - Desafios da pecuária frente à lei antidesmatamento

PECUÁRIA SUSTENTÁVEL - Desafios da pecuária frente à lei antidesmatamento

Data de Publicação: 10 de outubro de 2024 10:52:00 O primeiro "Diálogo Inclusivo" da MBPS reuniu especialistas para discutir os impactos da regulamentação europeia antidesmatamento e as adaptações necessárias na cadeia de valor da pecuária brasileira.

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 O primeiro "Diálogo Inclusivo" da MBPS reuniu especialistas para discutir os impactos da regulamentação europeia antidesmatamento e as adaptações necessárias na cadeia de valor da pecuária brasileira.

 

Da redação

A Mesa Brasileira de Pecuária Sustentável (MBPS) realizou na manhã desta quarta-feira, 9, o primeiro de uma série de encontros virtuais com o objetivo de debater os desafios que a cadeia de valor da pecuária no Brasil enfrentará com a vigência da lei europeia antidesmatamento (EUDR). Sob o título "Diálogo Inclusivo – Desafios da cadeia de valor da pecuária para atender ao EUDR", o evento reuniu representantes do setor produtivo, governo e especialistas, discutindo as inovações e ajustes necessários para adequar a pecuária às exigências ambientais internacionais.

 

 

Com um rebanho de cerca de 238 milhões de animais e liderança mundial nas exportações de carne bovina, o Brasil se depara com a crescente pressão dos mercados importadores por práticas ambientalmente sustentáveis (Foto: Antônio Oliveira/CRA)

 

Com um rebanho de cerca de 238 milhões de animais e liderança mundial nas exportações de carne bovina, o Brasil se depara com a crescente pressão dos mercados importadores por práticas ambientalmente sustentáveis. Só em 2024, o país exportou 2,1 milhões de toneladas de carne bovina, um aumento de 28% em relação ao ano anterior. Diante disso, os participantes do evento ressaltaram a importância de ajustar a cadeia produtiva às novas normas, para que o Brasil mantenha sua posição competitiva.

A Regulamentação Antidesmatamento da União Europeia, que entrará em vigor em dezembro de 2025 para grandes empresas e em junho de 2026 para micro e pequenas empresas, busca garantir que produtos agrícolas, como a carne bovina, estejam livres de impactos ao meio ambiente. O adiamento do prazo foi visto de forma positiva pelos especialistas, pois permitirá mais tempo de adequação para produtores e o setor exportador.

Entre os palestrantes, estiveram Lisandro Inakake, do Imaflora, Alexander Rose, do Diálogo Agropolítico Brasil-Alemanha, e Leonel Almeida, da Marfrig, que destacaram a oportunidade que a norma europeia representa para o Brasil, uma vez que o país possui um robusto sistema de monitoramento ambiental e capacidade de sair à frente em práticas sustentáveis. No entanto, a norma também gerou controvérsia, com representantes como José Pádua, da Famasul, apontando preocupações sobre a soberania nacional frente às regras impostas pela União Europeia.

Apesar das divergências, o consenso foi de que o diálogo entre governo e setor produtivo é crucial para superar desafios e consolidar o Brasil como líder na pecuária sustentável.

Com informações de assessoria.

Confira este primeiro diálogo no vídeo abaixo:

 

 

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