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ENTREVISTA - Do Legado ao futuro: a visão de Moisés Schmidt para o Agronegócio na Bahia
Data de Publicação: 2 de dezembro de 2024 11:19:00 Nesta entrevista exclusiva, Moisés Schmidt, novo presidente da Aiba, fala sobre o legado de Odacil Ranzi e os desafios e objetivos para o agronegócio baiano, destacando a importância da tecnologia, sustentabilidade e parcerias para o futuro do Cerrado. Ele expõe ainda sua visão e propostas a serem inseridas na sua gestão.
Nesta entrevista exclusiva, Moisés Schmidt, novo presidente da Aiba, fala sobre o legado de Odacil Ranzi e os desafios e objetivos para o agronegócio baiano, destacando a importância da tecnologia, sustentabilidade e parcerias para o futuro do Cerrado. Ele expõe ainda sua visão e propostas a serem inseridas na sua gestão.
Moisés Schmidt, presidente da Aiba a partir de 1º de janeiro de 2025 (Foto: Aiba)
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Por Antônio Oliveira
Moisés Schmidt, recém-eleito presidente da Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia), reflete sobre o legado deixado por Odacil Ranzi e o papel fundamental que a associação desempenha no desenvolvimento do agronegócio no Cerrado baiano. Em sua visão, a continuidade das conquistas passadas e a implementação de tecnologias modernas são essenciais para enfrentar os desafios atuais. Schmidt destaca a importância da sustentabilidade e do engajamento social, reafirmando o compromisso da Aiba em promover a diversificação de culturas e a agroindustrialização, visando um futuro mais produtivo e responsável para a agricultura na Bahia.
Segue a entrevista, realizada no último dia 18 de novembro na sede da Aiba, em Barreiras.
Cerrado Rural Agro (CRA) - Moisés, o legado que o presidente Odacil Ranzi deixa após suas duas gestões é um terreno fértil para a sua plataforma de trabalho? O terreno é fértil?
Moisés Shimidt - Olha, quando fui eleito, algumas semanas atrás, comentei justamente sobre esse tema. Diria que não só na presidência do Odacil, onde ainda estou como vice-presidente, mas toda a diretoria que passou pela Aiba deixou seu legado, sua marca, conseguindo, degrau por degrau, elevar a associação ao patamar em que se encontra agora. Sob a presidência do Odacil, isso não foi diferente. Ele realmente fez um excelente trabalho, imprimindo suas características e talentos. Cada presidente que sucede outro traz sua própria marca para a associação, e isso não será diferente daqui para frente.
O que costumo pontuar é que esta é a primeira vez que um presidente vindo da segunda geração de migrantes (que vieram de outros estados para desbravar o Cerrado baiano no final da década de 1970) assume a presidência da Aiba. Todos os presidentes que passaram tiveram o legado de desenvolver e trabalhar o Cerrado brasileiro. Pela primeira vez, um presidente assume, a partir de 2025, com a missão de pegar tudo isso que foi bem criado, desenvolvido e aplicado dentro do agronegócio e também na associação, trazendo um pouco desse aspecto de modernidade, de tecnologia, de uma agricultura 4.0 e 5.0, que está chegando agora. O desafio será mapear e, ao mesmo tempo, dar crédito a tudo isso que foi feito, a todo esse legado construído junto à associação, mas também imprimir um pouco dessa modernidade que o agronegócio nos cobra no momento em que estamos vivendo.
CRA: E quais são seus objetivos e prioridades nesses dois anos de gestão, quiçá quatro anos?
Moisés Schmidt: O Brasil produz hoje quase 300 milhões de toneladas de produtos agrícolas. A Bahia, e se refletirmos também no MATOPIBA, não fica muito atrás, produzindo quase 10% de toda a produção brasileira, alcançando quase 30 milhões de toneladas. Isso representa uma fatia significativa dentro da produção nacional, com um diferencial: são estados que recentemente ingressaram no desenvolvimento do agronegócio. Portanto, há muito a se ampliar ainda, trazendo esse potencial em áreas degradadas, como pastagens, e em áreas que têm grande potencial para se desenvolver na agricultura. Assim, é uma região que deve crescer muito em produção e produtividade.
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Moisés: "O Odacil deixa um legado na
gestão da Aiba (Foto: Comunicação da Aiba)
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Acredito que o grande legado que a Aiba deve deixar nesta gestão é, primeiramente, trazer tecnologia e produzir com responsabilidade. Para isso, a tecnologia é fundamental, assim como sempre reforçar o lado social do agronegócio, que tem deixado suas marcas por meio de capacitação, empregabilidade e qualidade de vida para a sociedade. A obrigação que as empresas e todo o setor produtivo têm é de chegar a uma região e entregar à sociedade um crescimento em conjunto. Isso é muito importante, assim como compreender essa fatia de crescimento que temos na região tão promissora do MATOPIBA para os próximos anos que virão.
CRA: Moisés, o Oeste da Bahia tem uma experiência de produção com sustentabilidade. Aliás, a própria Aiba surgiu com essa preocupação, com a irrigação e, posteriormente, com a agricultura de forma geral. Qual é o seu pensamento sobre manter essa política de produção sustentável no Oeste da Bahia?
Moisés Schmidt: Olha, é importante essa pergunta, porque um dos nossos principais pilares hoje será a certificação ESG. Somos a primeira associação do agro brasileiro a iniciar esse credenciamento. Atualmente, estamos em fase de homologação, e essa será minha bandeira principal.
Dentro desse credenciamento ESG, estão todas as propostas e trabalhos realizados nas gestões anteriores. Posso citar vários exemplos, como a proteção de nascentes, que inclusive rendeu um prêmio da ANA (Agência Nacional das Águas), e a gestão do aquífero Urucuia, tanto em relação à água subterrânea quanto à água de superfície. Temos o Fundesis (Fundo de Desenvolvimento Sustentável da Bahia, criado e mantido pela Aiba por meio do Instituto Aiba), que é uma excelente ferramenta. Conseguimos trabalhar com essas instituições de amparo, hospitais e toda a parte social, que é um pouco carente de recursos para seus objetivos. Assim, conseguimos chegar até essas comunidades por meio desse fundo, além de realizar inúmeros outros trabalhos, como iniciativas fitossanitárias, que trazemos para dentro da associação, refletindo o trabalho que o produtor da Bahia realiza com excelência, buscando produtividade e colaborando para melhorar o desempenho econômico do estado.
CRA: Você mencionou o Fundecis, que é um braço social exemplar da Aiba, uma iniciativa rara entre associações similares no Brasil. Nós saímos – eu digo "nós" porque me sinto parte deste contexto – de quase 300 mil reais, há 17 anos, para mais de 2 milhões de reais, somando mais de 14 milhões neste ano. Você pretende ampliar esse horizonte de recursos para as áreas social, cultural, esportiva, enfim, para o lado social da Aiba?
Moisés Schmidt: Olha! Como você colocou, o Fundecis atualmente contribui com uma fatia de 2 milhões de reais para esses projetos sociais. Recentemente, fizemos um levantamento com uma associação (beneficiada pelo fundo) e ultrapassamos quase 15 milhões de reais em projetos, sempre focando na qualificação da mão de obra, qualidade de vida, saneamento e nas questões ambientais que apoiamos. Portanto, o total que o produtor rural investe na região ultrapassa os 15 milhões, sempre contribuindo para o desenvolvimento local. Essa é a visão do produtor: onde existe agricultura, deve haver um aumento no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
Produção de soja irrigada no Cerrado baiano (Foto: Aiba)
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Se você analisar o que realmente acontece, onde a agricultura e o agronegócio chegam, os IDHs sempre se elevam e melhoram ao longo dos anos. E aqui na nossa região não é diferente. Esse é um indicador importante a ser levantado, com um histórico que mostra que também temos um ganho significativo na questão social da nossa região.
O Fundecis não está fora disso. Ele também contribui e, neste ano, está investindo mais de 2 milhões de reais em seus projetos.
CRA - Você vê reconhecimento da sociedade urbana da região nesse trabalho social da Aiba?
Moisés Schmidt - Há reconhecimento e participação, mas eu diria que isso ainda é pequeno. Precisamos dar mais visibilidade a esses trabalhos que realizamos na região e expandir isso para outras áreas, pois acredito que esse é um dos maiores cartões postais que temos. Mostrar que onde há desenvolvimento econômico, também há desenvolvimento social e ambiental.
CRA – O outro lado positivo da Aiba, junto com a Abapa (Associação Baiana dos Produtores de Algodão), é sua parceria com os governos municipais e do Estado na questão da infraestrutura. A entidade não apenas espera do poder público, mas realiza, fazendo parcerias e até construindo e mantendo estradas. Qual sua visão e proposta para a continuidade desse tipo de parceria? O senhor pretende que a associação que vai presidir tenha maior participação neste programa de parcerias?
Moisés Schmidt – É preciso dizer que a Abapa e a Aiba realizam esses trabalhos com recursos do Prodeagro e Fundeagro, dois programas do Governo da Bahia. O Governo do Estado, para atender às demandas do produtor rural, já entra com sua contrapartida, que é o Prodeagro. A Aiba, na parte que lhe diz respeito, faz a gestão atendendo às reais necessidades do produtor rural. Essa parceria é fundamental para a continuidade do desenvolvimento regional, trazendo toda essa parte social e ambiental que acabamos de discutir. É como se o Governo estivesse focado, olhando para o que realmente está acontecendo e dizendo: “Olha, você tem aqui uma fatia para fazer essa gestão e intensificar ainda mais o crescimento do agronegócio na Bahia.”
CRA - Moisés, como você pretende manter essa parceria com os governos dos três entes federados? Sabe-se que o agronegócio, em sua maior parte, tem o ideal de direita, politicamente falando. O Presidente da República é de esquerda. Em tempo: você, inclusive, quebrou esse gelo trazendo para a Bahia Farm Show de 2023 o presidente Lula. Como será essa política de relacionamento com o governo dos três entes federados?
Moisés Schmidt - Eu acho que um dos maiores legados que a Aiba tem deixado nesses quase 35 anos de existência é esse diálogo com os governos, tanto na parte municipal quanto na estadual e federal. Eu já demonstrei que comigo não será diferente. Uma das nossas principais bandeiras aqui é a do agronegócio. Graças a Deus e ao empenho e habilidade que temos, temos conversado muito bem com os governos municipais da Bahia que chegam até nossa região, que querem dialogar. Os governadores – o atual e os que já passaram pelo Governo do Estado – sempre nos atenderam nas tratativas e diálogos de interesse do agro e da sociedade da região. Com o governador Jerônimo não é diferente. Ele está presente em nossos trabalhos. E nosso Presidente também mostrou que quer estar ao lado do produtor rural, vindo até nossa feira, a Bahia Farm Show. Esse é o propósito da Aiba: dialogar, mostrar o que o agronegócio faz de melhor para realmente pontuarmos. Não existe construção ou avanço sem diálogo. E é isso que a associação faz hoje em relação aos produtores desse estado.
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Produção de cacau no Cerrado biano (Foto: Aiba)
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CRA - Moisés, apesar do trabalho social e ambiental que a Aiba realiza no oeste da Bahia, nas cidades e nas sociedades urbanas, uma parte ainda tem uma visão negativa do agronegócio. Particularmente, costumo bater na tecla de que temos um oásis que serve os pivôs centrais, com suas águas limpas que chegam ao vale, mas se tornam poluídas ao adentrarem nas cidades, principalmente em Barreiras. Pouca gente sabe que o paraíso ecológico do Cerrado baiano está preservado. Qualquer desequilíbrio na natureza é atribuído ao produtor. Que tipo de programa você desenvolveria para esclarecer essa questão à sociedade?
Moisés Schmidt - Acredito que, além dos grandes trabalhos que já realizamos na questão ambiental, estamos trabalhando para mostrar que o produtor não é o vilão. Ele é a solução para o que estamos enfrentando, que é o fornecimento de alimentos com altas produtividades. Temos números que mostram que, em 20 anos, apenas dobramos a área de produção, mas produzimos seis vezes mais. Isso exige muita eficiência, tecnologia e ciência. Se não tivéssemos essa capacidade de produzir mais em menos área, precisaríamos abrir seis vezes mais área para produzir a mesma quantidade. Essa tecnologia e capacidade do produtor brasileiro nos tornam únicos em nível global, conferindo competitividade ao Brasil em relação a outros países. O agronegócio é tão verde quanto qualquer outra indústria. É necessário um equilíbrio para obter altas produtividades. Qualquer desequilíbrio, seja na terra ou na água, resulta em baixas produtividades e inviabiliza nosso negócio. Buscamos alta produtividade, e o equilíbrio é essencial. Faço um paralelo com um atleta: qualquer dor de barriga pode impedir um atleta de conquistar uma medalha. Assim é o agronegócio brasileiro hoje. Precisamos de um agronegócio equilibrado ambiental e socialmente para obter bons resultados. É fundamental quebrar o paradigma de que somos vilões e trazer a mensagem de que a solução está no agronegócio, seja do pequeno, médio ou grande produtor. Essa é a visão que precisamos reforçar. Temos muitas ações, como o Fundecis e a recuperação de nascentes, pensando em uma agricultura ainda mais sustentável.
CRA - Na condição de produtor rural e exportador, qual a sua expectativa em relação à logística da região, incluindo a Ferrovia Leste-Oeste?
Moisés Schmidt - O agronegócio brasileiro está diretamente vinculado à nossa capacidade de exportação. Vale lembrar que na Bahia ainda predomina a logística de transporte rodoviário. Estamos em parceria com o Governo do Estado e investidores para potencializar isso por meio da Fiol (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), que está em construção. Algumas etapas já ultrapassam 75% a 80%. O diálogo com o Governo do Estado continua, e há investimentos para acelerar a construção da ferrovia, o que trará melhor competitividade para o que é produzido na Bahia. Não se trata apenas de soja, milho e algodão, mas também de frutas como banana e cacau, além de outras culturas. Podemos passar de exportadores de soja para exportar ração e de milho para exportar farelo de milho, gerando mais empregos e potencializando a agroindústria na Bahia. Para isso, a logística é essencial. A ferrovia é fundamental para nos tornarmos mais competitivos no mercado externo, permitindo levar produtos in natura ou industrializados, mantendo a força da agroindústria na Bahia, gerando emprego e trazendo divisas para o nosso estado e para o país.
Vista aérea parcial da Bahia Farm Show (Foto: Aiba)
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CRA - A partir do momento em que você assumir a presidência da Aiba, você se torna também, automaticamente, presidente da Bahia Farm Show. Alguma proposta especial de inovação?
Moisés Schmidt - A Bahia Farm Show é nosso cartão de visita, e dar continuidade ao que fizemos com excelência é uma questão de honra. É uma das melhores feiras do Brasil. Não temos concorrentes, mas sim feiras similares e parceiras em todo o Brasil. Tratamos a nossa feira com muito carinho e respeito, sempre imprimindo o que o produtor faz com excelência. A Bahia Farm Show precisa continuar sendo um exemplo, expressando internacionalmente o trabalho que fazemos. O que deve ser feito é a continuidade de tudo o que foi realizado com excelência, sempre trazendo inovações em tecnologia e aplicação para uma agricultura cada vez mais moderna e sustentável.
CRA - Qual seria a sua política, a sua estratégia para acelerar o processo de agroindustrialização da região?
Moisés Schmidt - Alguns fatores limitantes impedem a aceleração do processo de agroindustrialização, sendo um deles a falta de energia na região. Isso já está sendo tratado com o Governo, em várias reuniões com o grupo Iberdrola, proprietário da Coelba (Companhia de Energia Elétrica da Bahia). Acredito que em breve sanaremos essa demanda por energia, permitindo um melhor desenvolvimento econômico e social na região. Transformar a matéria-prima produzida aqui em produtos agroindustrializados, verticalizando e aumentando a receita dos municípios, é uma meta. Logística e energia são fundamentais para o desenvolvimento da região.
CRA - A região vem, de forma gradativa, diversificando suas culturas. Você mesmo é um pioneiro na diversificação, introduzindo o cacau na região, fato inédito para o Cerrado. As condições edafoclimáticas aqui são propícias para a diversificação. Qual seria a sua política para incentivar ainda mais essa diversificação de culturas na região?
Moisés Schmidt - Há um ditado antigo que diz: "aqui tudo que se planta, dá". E realmente isso acontece. Os primeiros a chegar aqui começaram com arroz, pois a soja não se adaptava muito bem às condições do solo. Com o tempo, a soja foi inserida como produção. Depois, mudamos os manejos de solo e a soja se tornou a primeira cultura, seguida pelo milho, algodão e café. Hoje, temos cerca de 8 a 9 mil hectares de café na região. O trigo apareceu em áreas irrigadas há pouco tempo e já temos a primeira indústria de trigo funcionando. Indústrias de etanol à base de milho também estão surgindo, verticalizando essa cultura. Temos grandes plantações de banana, maracujá e mamão. O cacau, que (o Grupo Schmidt) introduzimos, deve ser tratado como fruticultura, atendendo à demanda global. Estamos tentando domesticar essa planta para que seja trabalhada como qualquer outra cultura extensiva. Temos grandes potenciais na região para isso, gerando desenvolvimento social, ambiental e econômico.
CRA - Se formos continuar nesta entrevista, teríamos muito assunto que daria um livro. A região é diversa, você está bem informado e entrosado, mas vamos finalizar. A moratória da soja e a lei anti-desmatamento dos europeus preocupam a Aiba?
Moisés Schmidt - Tudo preocupa. Precisamos entender o cenário que nos impõem para nos defender da melhor forma possível. O que tranquiliza o produtor rural brasileiro é que temos uma das melhores leis ambientais do mundo. O produtor brasileiro trata seu negócio da melhor forma, pensando no médio e longo prazo. Começamos a produzir aqui com 25 sacas por hectare e hoje já ultrapassamos 80 sacas.
A Bahia, por meio do oeste e sudoeste do estado, é o segundo
maior produtor de algodão do Brasil (Foto: Antônio Oliveira)
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CRA - E era uma festa, não é? (Risos).
Moisés Schmidt - Exatamente! Era uma festa com 25 sacas. Hoje, temos produtores que passam de 80 sacas em média, e a média da Bahia ultrapassa 65 sacas, uma das maiores do Brasil. O que falamos anteriormente é que estamos produzindo muito mais em uma menor quantidade de área. É como se tivéssemos jogado cinco partidas de futebol no mesmo campo, e o produtor sabe fazer isso. Em tempos normais, precisaríamos de cinco campos de futebol para jogar cinco partidas, mas o produtor melhorou essa eficiência e entregou resultados. O que o produtor faz é produzir alimento. Produzimos comida, e isso é essencial para humanos e animais. O que fazemos é suprir essa necessidade alimentar. Temos que deixar de nos lamentar e dizer: “olha, se alguém faz com eficiência, sustentabilidade e responsabilidade social, é o produtor brasileiro”. Essa nova geração de produtores tem orgulho de ser brasileira.
CRA - E a história do Cerrado baiano? Você é da segunda geração de pioneiros. Como se sente sendo um dos grandes empreendedores rurais da Bahia e agora assumindo o comando de uma instituição tão importante?
Moisés Schmidt - Como mencionei, ser da segunda geração e representar tudo o que foi feito em desenvolvimento regional é um orgulho. A Bahia hoje ultrapassa 10 milhões de toneladas produzidas anualmente. Também me orgulho de que temos uma sociedade mais coesa, qualificada, e que suprimos a demanda social e ambiental de maneira bem construída. Começo minha gestão em 1º de janeiro orgulhoso, mas com o dever de melhorar a cada dia e imprimir essa produção sustentável, atendendo à demanda global por alimentos cada vez mais saudáveis.
CRA – Sucesso! (Duas mãos se entrelaçam.)
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