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REFORMA AGRÁRIA: Feira oferece alimentos produzidos por acampamentos

REFORMA AGRÁRIA: Feira oferece alimentos produzidos por acampamentos

Data de Publicação: 12 de maio de 2025 09:59:00 Feira Nacional da Reforma Agrária promove alimentos sustentáveis e debate sobre agroecologia no coração de São Paulo.

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A feira contou com uma diversidade muito grande de
produtos agropecuários (Letycia Bond/Agência Brasil)

Da Agência Brasil*

O Parque Estadual da Água Branca, zona central da capital paulista, recebeu na última quinta-feira, 8 a 5ª Feira Nacional da Reforma Agrária, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O evento deveria reunir até neste  domingo, 11, 300 mil pessoas, com atividades artísticas, políticas e culturais e a oferta de mais de 1,8 mil tipos de alimentos diferentes, produzidos por acampamentos e assentamentos de todo o país.

Ao todo, foram cerca de 500 toneladas de alimentos, entre in natura e processados. Este ano, inclusive, os visitantes puderam experimentar 11 agroindustrializados que foram novidades dos feirantes e também 100 pratos preparados no âmbito da Culinária da Terra.

Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, disse que o evento completa uma década sendo uma expressão da luta do movimento. Segundo ela, a feira, que resulta do esforço de mais de 2 mil membros do MST, entre feirantes, articuladores e equipes de trabalho, também serve como espaço de argumentação a favor dessa mobilização.

Outra função da feira, segundo a líder, é a de ser um portal de conhecimentos sobre o que é alimento saudável e nutritivo de fato e o que é agroecologia. Para Débora, dentro da discussão sobre a segurança alimentar, é necessário se assimilar uma compreensão básica, a de que "bens comuns da natureza não podem ser comercializados".

Mykesio Max/MST

"O acesso à terra, a reforma agrária não podem e nem devem ser assunto, demanda apenas dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. A realização da reforma agrária impacta o conjunto da sociedade, sobretudo, quem vive na cidade, porque o êxodo rural, a expulsão de famílias do campo deságua na cidade", observou ela, em coletiva de imprensa.

Programação

De acordo com a organização da feira, a programação artístico-cultural contou com 253 artistas de assentamentos e acampamentos e mais de 30 apresentações. Outro destaque foram as doações de 25 toneladas de alimentos produzidos pelos camponeses e que serão distribuídos entre pelo menos 50 entidades da capital paulista. 

Uma outra remessa de doação foi a de sementes, que serão enviadas na esfera do plano nacional do MST Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis.

Quem compareceu à feira se deparou com um ambiente de fraternidade e generosidade, conforme Márcio Santos, também da coordenação nacional do movimento. Ele argumentou que solidariedade é um princípio intrínseco a tudo que gira dentro do MST, que defende a proposta de se ter um modelo alternativo de produção, caracterizado, entre outras coisas, pelo comércio justo e a defesa dos biomas.

"Aqui vão encontrar vida, dignidade, fartura. Comida em abundância, sucos em abundância. Isso representa, na verdade, a produção camponesa. Temos uma mostra de um outro tipo de agricultura, que estamos propondo, que é baseada na matriz da agroecologia, que é todo um contexto, que é a biodiversidade, como a gente chama", explica. 

*Com atualização da redação do site


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