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DESIGUALDADE DE GÊNERO NO AGRONEGÓCIO - Desafios e oportunidades para mulheres
Data de Publicação: 28 de outubro de 2024 10:45:00 O agro brasileiro representa cerca de 24% do PIB, mas ainda enfrenta grandes barreiras de gênero. Uma pesquisa conduzida por Taís Carvalho, da FESA Group, revela as dificuldades que as mulheres líderes do setor enfrentam, incluindo disparidades salariais e a necessidade de adotar comportamentos masculinos para serem respeitadas.
O agro brasileiro representa cerca de 24% do PIB, mas ainda enfrenta grandes barreiras de gênero. Uma pesquisa conduzida por Taís Carvalho, da FESA Group, revela as dificuldades que as mulheres líderes do setor enfrentam, incluindo disparidades salariais e a necessidade de adotar comportamentos masculinos para serem respeitadas.
Da redação
O agronegócio é uma das principais forças da economia brasileira, contribuindo com aproximadamente 24% do PIB, conforme dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). No entanto, o setor ainda é predominantemente masculino e apresenta significativas barreiras de gênero. Para explorar essa realidade, Taís Carvalho, sócia da FESA Group, apresentou a pesquisa "Mulheres no Agronegócio: Principais Barreiras para Ascensão", que entrevistou lideranças femininas, como gerentes, diretoras e CEOs, sobre os desafios que enfrentam.
" Ao adotar essas estratégias, as empresas do agronegócio podem atrair e reter talentos, promovendo um futuro mais igualitário e sustentável" (Taís Carvalho)
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Os resultados são alarmantes: 77,2% das entrevistadas percebem uma diferença salarial significativa entre homens e mulheres, e 64,6% relataram ter sofrido cantadas no ambiente de trabalho. Realizada no primeiro semestre deste ano, a pesquisa teve um foco acadêmico e abrangeu uma amostra nacional, com 67,1% das participantes provenientes da região Sudeste.
Os principais achados incluem:
- Mais de 81% das entrevistadas afirmaram que deixariam uma empresa que não respeitasse a igualdade de gênero.
- 15,2% disseram não terem sido escolhidas em processos seletivos por serem mães.
- 64,6% sentem a necessidade de adotar comportamentos masculinos para serem respeitadas.
Além disso, 60,8% das participantes indicaram que levaram mais tempo para alcançar cargos de liderança devido ao seu gênero. Apesar das preocupações, 64,6% acreditam que o discurso sobre igualdade de gênero é efetivo em suas empresas, e 77,21% afirmaram não serem as únicas mulheres em posições de liderança.
- Embora o agronegócio seja um setor tradicionalmente masculinizado, observamos esforços por parte de gestores e recursos humanos para promover a diversidade - comenta Taís Carvalho.
Recomendações para atração e retenção de diversidade e inclusão
Para enfrentar os desafios de gênero, Taís Carvalho sugere várias estratégias:
- Recrutamento Inclusivo: Implementar processos seletivos que priorizem a inclusão de mulheres em cargos de liderança.
- Treinamento e Sensibilização: Promover treinamentos internos que enfatizem a importância da diversidade.
- Atualização Profissional: Oferecer cursos de atualização com foco nos resultados das mulheres.
- Projetos Inovadores: Criar oportunidades desafiadoras que incentivem a participação em iniciativas de sustentabilidade e tecnologia.
- Planos de Carreira: Estabelecer planos de carreira diversificados, com oportunidades de crescimento.
- Desenvolvimento Contínuo: Investir em programas de treinamento e mentoria.
- Remuneração Competitiva: Oferecer salários e benefícios atrativos.
- Flexibilidade e Autonomia: Proporcionar condições de trabalho flexíveis e autonomia nas decisões.
- Cultura Organizacional Positiva: Fomentar um ambiente inclusivo e colaborativo.
- Comunicação Aberta: Manter canais de comunicação e feedback regulares.
- Responsabilidade Social: Demonstrar compromisso com práticas sustentáveis e sociais.
- Ao adotar essas estratégias, as empresas do agronegócio podem atrair e reter talentos, promovendo um futuro mais igualitário e sustentável - conclui Taís Carvalho.
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